Permanece em mistério
o assassinato do comerciante Gilberto
Adriano da Silva, conhecido por “Giba”, ocorrido em Santa Cruz, a 110 kms de
Natal, por volta das 9h20m do dia 13, no interior do seu escritório, diante de
várias pessoas que estavam na feira pública. “Giba” foi abatido por um tiro de
revólver na região toráxica. O fato ter sido testemunhado por várias pessoas
residentes no município e ninguém quer
falar, denota que os criminosos executaram Giba sob encomenda. Por quê?
“Ninguém sabe. Moro em Natal, fui a Santa Cruz para a missa
de 7º dia e voltei sem saber nenhuma informação segura, pois são várias
versões, mas a mais comentada é a que Giba estava no seu escritório, na frente
da feira, quando desceu um homem de uma motocicleta e ofereceu três pacotinhos
com raivinhas, a R$ 2,00 a unidade. Giba
teria dito: “quero os três por 5 reais”. O homem que as raivinhas custavam 6
reais, mas Giba recusou e disse: “ não quer? Então, leve essa....” (um palavrão). O homem saiu e
depois voltou, já com segurando um revólver, por debaixo da camisa, na calçada,
entrou no escritório e disse: “diga de novo o que você disse”. Giba, que estava
sentado, se levantou e foi baleado, um tiro apenas. Na minha opinião, foi só o
pretexto para matá-lo”, disse o aposentado Raimundo Adriano da Silva, tio de “Giba”
e irmão de Francisco Adriano da Silva, pai da vítima, que até hoje não sabe que
o filho está morto.
Segundo Sr. Raimundo, a família Adriano não conhece nenhum
fato causador desconhecido, como uma rixa antiga, desavenças comerciais ou
políticas, mas é público que “Giba” era temperamental, estourado e que falava
alto, etc. Além disso, era um homem que lidava com homens do povo, rústicos,
pois comparava e revendia couros de gado, caprinos e ovinos, há vários anos.
Outras fontes adiantam que Giba era brigão desde a infância e adolescência.
Mesmo assim, conforme as palavras do padre-vigário de Santa Cruz, na missa de
7º Dia, Giba tem mais virtudes do que
erros, segundo Sr. Raimundo.
A família ainda aguarda de um delegado especial para a
elucidação do crime, segundo Sr. Raimundo, na manhã de hoje, 22. Ele ouviu
rumores de que Giba teria tido uma discussão na semana anterior com um homem,
cuja identidade não foi divulgada, mas com provável residência em Parnamirim,
na Grande Natal.
Texto e foto de Luiz Gonzaga Cortez, jornalista.
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