quinta-feira, 25 de julho de 2013

Adélia Cavalcanti de Albuquerque, a esposa de Leônidas da Fonseca



João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG
O capitão J. da Penha, já eleito deputado, no Ceará, veio capitanear, aqui no Rio Grande, a luta contra a oligarquia Maranhão, movimento que se espalhava de maneira semelhante em outros estados. O que não parece claro, para muitos, é a razão da escolha, como candidato a governador, do filho do Presidente da República Hermes da Fonseca. Quem era, de verdade, Leônidas Hermes da Fonseca para ser escolhido, se isso parecia uma contradição com a luta contra as oligarquias? Resolvi pesquisar nos velhos jornais alguma informação que justificasse tal escolha. Em primeiro lugar procurei descobrir quem era a esposa de Leônidas, dada como natural do Rio Grande do Norte, pois nem o nome dela eu sabia.

Do jornal “O Paiz”, datado de 10 de setembro de 1911, extraí a informação que o 2º tenente Leônidas Hermes da Fonseca, filho do marechal Hermes da Fonseca, Presidente da República, casou, no dia 9 de setembro de 1911, no Palácio Guanabara, com Adélia Cavalcanti de Albuquerque, sobrinha do capitão Joaquim Brilhante, ajudante de ordem do Sr. chefe de Polícia. O ato civil foi às 2 horas da tarde, servindo de testemunhas, da noiva, o Dr. Belisário Távora, o general Percílio da Fonseca, o coronel Cyrillo Brilhante (tio da noiva), e o capitão Luiz Lobo, e do noivo, o senador Pinheiro Machado, o Dr. Álvaro de Teffé e o Dr. Sebastião de Lacerda. O ato religioso foi as 3horas e 30 minutos, na rica capela, armada no salão à esquerda da sala de espera, servindo de padrinhos, da noiva, a Exma. Sra. D. Orsina Hermes da Fonseca (mãe do noivo) e o capitão Joaquim Brilhante, e do noivo, o deputado Fonseca Hermes e a Exma. Sra. D. Honorina Brilhante (esposa de Joaquim).

Na notícia acima, nenhuma informação sobre os pais da noiva. Outro jornal do Rio de Janeiro dizia, apenas, que “a gentilíssima senhorita Adélia Cavalcanti de Albuquerque pertencia a distinta família do norte.

No jornal “A Época”, de 23 de março de 1913, foi postado, de Recife, por Paulino Guedes, Juiz de Direito “aposentado pelo governo dos Maranhões”, um artigo que contém o seguinte trecho: Como político do Rio Grande do Norte, venho pedir ao vosso conceituado jornal permissão para dar verdadeira informação do que se vai na política potiguar: - De Natal telegrafaram ao tenente Leônidas Hermes que a indicação de seu nome para governador daquele Estado não passava de exploração e que ele não acreditasse no valor da oposição; que viesse incógnito percorrer o centro do Estado para se convencer de que qualquer candidato anti-oligarquia seria derrotado etc...Em primeiro lugar devemos declarar que o candidato a governador de nosso Estado ainda não foi definitivamente escolhido, mas se essa escolha recair no tenente Leônidas onde estará a exploração?... Pois esse ilustre militar será indigno de administrar a querida terra de sua digna esposa? Não estará no gozo dos seus direitos políticos? Que exploração, pois haverá na escolha do seu nome?

Sem nenhuma informação sobre os pais de Adélia e a confirmação da naturalidade dela, solicitei ajuda aos colegas do grupo GenealBr. Recebi, então, de Pedro Auler informação que tinha encontrado no “Diário da Noite”, a notícia do falecimento de Adélia, e, pela data, foi procurar os registros da época no familysearch, cujo link me enviou, de onde extraí que: faleceu, em 8 de setembro de 1951, Adélia de Albuquerque Fonseca, com sessenta e seis anos, sete meses de idade, natural do Rio Grande do Norte, viúva de Leônidas Hermes da Fonseca, filha de Francisco Cavalcanti de Andrade e de Júlia Leopoldina Cavalcanti. Constava ainda que ela tinha deixado três filhos maiores.

Nos jornais mais antigos daqui, que examinei, a única informação que tinha, dava conta que Francisco Cavalcanti de Andrade tinha obtido uma licença por ter aberto seu estabelecimento em 1888.

Pelas informações acima, fui procurar no livro de batismos da catedral, ano de 1891, algum possível registro de Adélia. Encontrei, então, o seguinte registro: Aos vinte e oito de junho de mil oitocentos e noventa e um, na Matriz da Senhora da Apresentação, batizei, solenemente, a párvula Adélia, nascida aos 7 de março do mesmo ano, filha legítima de Francisco Cavalcanti d’Andrade e Júlia Leopoldina Cavalcanti, sendo padrinhos José Zacharias Vieira de Mello e Joanna Vieira de Mello. Fiz escrever este assento e assinei. Pe. João Maria Cavalcanti de Brito.

Estava confirmada a naturalidade de Adélia, mas que família era essa, aqui no Rio Grande do Norte? Fui, então, em busca do casamento dos seus pais. Encontro um registro que parece ser o casamento deles, mas na parte referente aos nubentes a imagem está com defeito. No documento está registrado que o casamento foi em 16 de abril de1887, na capela da Piedade, no Quartel Militar, sendo os pais do noivo, João Baptista d’ Andrade e Rozaura Cavalcanti d’Andrade e da noiva, Manoel Brilhante da Motta Cavalcanti e Ana Paula Cavalcanti d’Albuquerque. Júlia era natural de Timbáuba, Pernambuco.
Manoel Brilhante e Ana (ou Antonia) eram pais, também, de Amália Brilhante d’Albuquerque, Manoel Brilhante d’Albuquerque, João Brilhante d’Albuquerque, Cyrillo Brilhante d’Albuquerque e Joaquim Antonio Brilhante, estes dois últimos presentes no casamento de Adélia.

Fonte:putegi.blogspot.com

sábado, 20 de julho de 2013

Recesso.

Este blog será suspenso por duas semanas, período em que as postagens serão interrompidas. a) O Editor.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

João Barbosa Pimentel, bisneto de João Lostau Navarro


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG
Hélio Galvão listou, no seu livro “História da Fortaleza da Barra do Rio Grande”, os seguintes filhos de Francisco Lopes e Joanna Dornelles: Paula Barbosa, casada com Theodósio de Grasciman; Manoel Lopes Pimentel, casado com Maria Pinta; Joanna Lopes; Gregório Lopes Pimentel; Izabel Dornelles, casada com Manoel de Abreu Friellas; Francisco Dornelles, casado com Maria da Silva Figueiredo; e Cipriano Lopes Pimentel, casado com Tereza da Silva. Já fizemos um artigo sobre Francisco Lopes, genro de Manoel Rodrigues Pimentel e Maria Lostau, esta filha do francês João Lostau de Navarro.

 A maioria dos estudos sobre os descendentes de João Lostau de Navarro é dedicada a Cipriano Lopes Pimentel, que gerou Cipriano Lopes Galvão, ou a Paula Barbosa, por suporem, que o marido dela, Theodósio de Grasciman, era filho do holandês Joris Garstman. Entretanto, outro filho de Francisco Lopes e Joana Dorneles, não constante da lista de Hélio Galvão, deixou descendência no Rio Grande do Norte, mas seu nome escapuliu das anotações dos nossos historiadores. Seu nome, João Barbosa Pimentel.

O primeiro registro que encontro, sobre João Barbosa Pimentel, é o batismo de Constantino, filho de Felipe da Costa e Helena da Silva, em 20 de fevereiro de 1695, no qual ele foi padrinho junto com Pascoal Gomes de Lima. Nesse registro ele aparece como filho do sargento-mor Francisco Lopes. Posteriormente, nesse mesmo livro de batismos, encontro registros de três filhos do dito João Barbosa Pimentel com sua mulher Mariana de Azevedo Cerqueira, batizados na Capela de Nossa Senhora do O’, da Aldeia de Mipibú.

Francisco foi batizado, em 17 de abril de 1704, tendo como padrinhos Manoel de Abreu Friellas e o capitão João de Carvalho Marinho; Antonia foi batizada, em 14 de junho de 1708, tendo como padrinhos, o Padre Francisco Lopes e Florença de Grasciman (filha de Theodósio); Thereza foi batizada, em 5 de novembro de 1709, tendo como padrinhos Faustino Tinoco, e Catarina de Azevedo, filha da viúva Maria de Araújo Barros.

Encontramos outros filhos através de registros de casamento: Em 22 de junho de 1729, Joana Dornelles, filha do capitão João Barbosa e de Mariana, casou com o Alferes Nazário Lopes da Cunha, filho de Estevão Lopes, falecido, e Úrsula Borges; ele viúvo de Antonia Xavier e, ela de Manoel da Silva Porto; em 18 de agosto de 1734, Apolônia Dornelles de Jesus, filha de João Barbosa e Mariana, casou com o capitão Francisco de Sousa Gusmão, filho do Doutor Dionísio Peres de Gusmão e Leonarda Peres de Gusmão.

Não encontrei mais registros sobre Thereza e Francisco, mas Antonia, que se tornou Antonia Barbosa de Azevedo, em 6 de junho de 1747, casou, na Capela de Nossa Senhora do O’, com Nazário Lopes da Cunha, filho de Nazário Lopes da Cunha e Antonia Xavier. Isto é, Antonia casou com o enteado de sua irmã, Joana Dornelles. Pela idade, Antonia não deve ter tido filhos.
Dois sobrenomes aparecem na descendência de Manoel Rodrigues Pimentel e Maria da Costa Maior, filha de João Lostau, sem que se saiba de onde provinha: Barbosa e Dornelles. Um detalhe é que não se sabe, também, quem era a esposa de João Lostau.

Da mesma forma encontramos o sobrenome Barbosa Pimentel, em outras pessoas, sem descobrir sua relação com os filhos de Francisco Lopes e Joanna Dornelles. Um exemplo é o que segue: em 14 de dezembro de 1751, na capela de Nossa Senhora do O’, Manoel Barbosa, filho de João Barbosa Pimentel, e Antonia Neta, casou com Izabel Maria do Anjos, filha de Gonçalo Fernandes das Neves, falecido, e Maria Antunes, sendo testemunhas João de Oliveira Freitas e o capitão Manoel da Costa Travassos, casados. Quem era esse João Barbosa Pimentel, casado com Antonia Neta, que não se repete, posteriormente, nos registros existentes?

Outro registro diz que: em 15 de julho de 1778, nascia Helena, filha do tenente José Barbosa Pimentel e Josefa Francisca Bezerra, do Assú, neto paterno de Manoel Rodrigues Pimentel e Clara Barbosa de Sousa, e pela paterna de Francisco Calheiros e Ana Maria da Conceição, do Assú, sendo testemunhas Joaquim de Morais e sua mulher Maria Soares. Em de abril de 1778, Helena, com 7 dias, faleceu. Manoel Rodrigues Pimentel e seu filho José parecem descender de Francisco Lopes, diferentemente de  um certo Manoel Rodrigues Pimentel que foi exposto e criado na casa de Brízida Rodrigues, que talvez não tenha nenhuma relação com a família.

Como escrevemos em artigo anterior, na Fazenda Santo Antonio, da freguesia de Santana do Matos, José Barbosa Pimentel, de 30 anos, casou com Maria Rita Bezerra, de 25 anos, dispensados do parentesco em que estavam ligados, no ano de 1824. Ele era filho de José Barbosa Pimentel, mas não há no registro o nome da esposa (seria Josefa Francisca Bezerra, acima?). Era desse casal Jose Barbosa Pimentel e Maria Rita que nasceu outro José Barbosa Pimentel Junior (28 de fevereiro de 1832), que casou com Maria dos Anjos Pereira Fagundes, filho de Lopo Gil Fagundes.

José Barbosa Pimentel Junior e Maria dos Anjos geraram, entre outros, os seguintes filhos: Maria, nascida em 22 de novembro de 1851, tendo como padrinhos Major José Martins Ferreira e sua mulher Josefina Maria Ferreira (meus trisavós); Valentim, nascido em 4 de fevereiro de 1862, tendo como padrinhos Antonio Toscano Barbosa Pimentel (deve ser o irmão de José Barbosa Junior, que nasceu em 19 de abril de 1833) e Jerônimo Cabral de Oliveira Câmara; Jerônimo, nascido em 3 de maio de 1868, tendo como padrinhos Nossa Senhora e Manoel José Pereira Fagundes; Maria, nascida em 6 de Junho de 1864, tendo como padrinhos Pe. Elias Barbalho Bezerra e Francisca das Chagas de Jesus; José, que faleceu, na idade de 4 meses, em 1853.
João Barbosa Pimentel, fº de Francisco Lopes


17.07.2013.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Oton Osório Barros, seus filhos e filhas.

Oton Osório Barros, comerciante, faleceu a 22 de julho de 1968, em Natal,  deixando viúva Inês Cortês Barros, com quem era casado em segunda núpcias, ambos naturais de Currais Novos/RN. Do primeiro matrimônio com Afra Barros, deixou os seguintes filhos: 1)  Manoel Osório de Barros Neto, advogado, casado com Marina Cavalcanti Osório de Barros, residente em Recife; 2 ) Miguel Osório de Barros, solteiro, comerciário, residente no Rio de Janeiro;3) Guilhermina Barros Graneiro, casada com Walter Graneiro, residentes em Assunção, Paraguai; 4) Odon Osório de Barros, industriário, casado com Marina Lúcia Moraes Osório de Barros, residentes no Rio de Janeiro; 5) Janira Barros Bezerra, casada com o dr. Vauban Bezerra de Faria, residentes em Natal e 6) Oton Osório de Barros Filho, militar, casado com Luiza Beatriz Reis Osório, residentes em Curitiba/Paraná. Informações da década de 1973.
Do segundo matrimonio com Inês Cortês Barros, sua prima e  inventariante, deixou  os filhos: 7 )  Tania Maria Cortês Barros, professora, residente em Natal; João Eduardo Cortês Barros e Carlos Alberto Cortês Barros, ambos engenheiros e residentes em Natal. João Eduardo é aposentado do Tribunal de Contas do Estado e Carlos Alberto é professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Dados extraídos do inventário de Oton Osório Barros, conforme processo nº 03496, de 24 de de maio de 1977, que tramitou no 2º Cartório Cível de Natal/RN - Formal de Partilha - Carta de Adjudicação - Proc. do Inventário nº 669, dos bens deixados por Oton Osório Barros, em 23.02.1973, a favor de Manoel Genésio Cortez Gomes.

Afra Barros.
Oton Osório Barros era filho de Manoel Osório Barros e Guilhermina Dantas Cortez Barros.




Mais um artigo do professor Felipe da Trindade.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Lopo Gil Fagundes e a barrica de bacalhau


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG
Officinas
As lendas povoam as histórias das nossas famílias, mas sofrem, ao longo do tempo, deslocamentos verticais, horizontais e transversais, nas transmissões orais. Fábio Queiroz informa que na família da sua sogra,  Maria do Rosário Fagundes, nascida no Rosário, é corrente a informação que Lopo Gil Fagundes chegou ao Assú, em um navio, escondido em uma barrica de bacalhau. O primeiro registro que obtive de Lopo Gil data de 1827. Ele foi testemunha de um casamento nas Oficinas (povoação do Assú, onde se preparavam carnes e peixes para exportação), e nessa data já era casado. Era nessa localidade que devia morar, pois, foi de lá que eu encontrei a maioria dos registros sobre ele. Em um registro de uma filha, descubro o nome da esposa.

Em 13 de dezembro de 1831, nascia Maria, filha de Lopo Gil Fagundes, natural da Europa, e de Maria do O’ Pereira da Costa Fagundes, do Assú, que foi batizada nas Oficinas, em 4 de abril do ano seguinte, tendo como padrinhos João Martins Ferreira (meu tetravô), casado, e Josefa Maria da Conceição, viúva. Em 1833 e 1836 nasciam mais duas filhas do casal, batizadas, também, com o nome de Maria.

Pelos diversos registros que encontrei sobre o casal, Lopo Gil e Maria do O’, que dá origem aos Pereira Fagundes, e pelas informações contidas no livro de Antonio Soares de Macedo, sobre a família Casa Grande, deduzo que Maria do O’, esposa de Lopo, era uma das filhas de capitão-mor Pedro Pereira da Costa e de D. Josefa Maria da Conceição, neta por parte paterna de Pedro Pereira da Costa e Rosa Thereza de Sousa, naturais da Freguesia de Santo Antonio do Fayal, patriarcado de Lisboa; e, por parte materna de Jerônimo Cabral de Macedo e D. Maria do O’ de Faria. Portanto, Lopo Gil Fagundes era cunhado do comandante Jerônimo Cabral Pereira de Macedo. As diversas famílias do Assú eram, comumente, associadas às fazendas que possuíam. Maria do O’ mais seus irmãos constituíam a família do Morro, sendo seu membro mais destacado Jerônimo Cabral Pereira de Macedo, morador em Macau.

Os batismos, em geral, traziam somente o primeiro nome do batizado, que algumas vezes se repetiam, em uma mesma família. Em 10 de novembro de 1834, nascia Jerônimo, filho de Lopo e Maria do O’, batizado, nesse mesmo ano, “no pé do Morro”, em Santana do Matos, tendo como padrinhos José Correa de Araújo Furtado e D. Maria do O’ de Araújo Braga; em 1839, nascia outro filho, batizado, com o mesmo nome Jerônimo, na capela de São José das Oficinas e tendo como padrinhos o comandante superior Jerônimo Cabral Pereira de Macedo e D. Josefa Maria da Conceição (avó).

Um registro de casamento, que cita os pais dos nubentes, diz que em 20 de maio de 1852, na povoação das Oficinas, Josefa Maria Pereira Fagundes, filha de Lopo Gil Fagundes e Maria do O’ da Costa Fagundes, casou com José Manoel Fernandes, filho de José Fernandes Novo e de Francisca Sipriana de Arruda, ambos falecidos, tendo sido testemunhas José Barbosa Pimentel e Pedro Pereira Fagundes, ambos casados.

Encontramos diversos nomes que parecem ser de descendentes de Lopo Gil, mas as descontinuidades dos registros, bem como a pobreza das informações neles contidas, impossibilitam a comprovação. Vejamos alguns exemplos: Vicente Gil Fagundes, casado com Maria Francisca Xavier das Chagas, batizou em 13 de dezembro de 1840, Manoel, tendo como padrinhos José Francisco Viera e Maria Joaquina da Conceição; em 27 de fevereiro de 1863, nascia Leandro, filho de José Pedro Pereira Fagundes e Maria do O’ do Espírito Santo, batizado no Rosário, em 5 do  mês de junho do mesmo ano, tendo como padrinhos Lopo Gil Fagundes e Anna Fragosa de Medeiros (esta última concubina de Jerônimo Cabral Pereira de Macedo); em 28 de setembro de 1860, nascia Manoel, filho de Manoel José Pereira Fagundes e Maria Francisca Pimentel Fagundes, batizado aos 8 de janeiro de 1861, tendo como padrinhos Lopo Gil Fagundes e Maria Rita Bezerra Pimentel; Uma das Marias, filha de Lopo e Maria do O’, pode ser Maria dos Anjos Pereira Fagundes casada com José Barbosa Pimentel Junior. Este último pode ser José, nascido em 1832, filho de José Barbosa Pimentel e Maria Rita Bezerra (filha de Balthazar Barbalho Bezerra).

Em vários registros encontramos Lopo Gil já viúvo. Não encontrei um segundo casamento, entretanto encontro o seguinte registro: em 27 de novembro de 1865, nascia Maria, filha natural de Luiza Maria do Espírito Santo e de Lopo Gil Fagundes, batizada na capela do Rosário, em 22 de janeiro de 1866, tendo como padrinhos Nossa Senhora e Pedro José Pereira Fagundes.
Em 1855 há um batismo onde os padrinhos são Jerônimo Cabral Pereira Fagundes e Maria da Glória Pereira Fagundes, ambos nessa época solteiros. Ele deve ser um dos Jerônimos e ela uma das Marias, citadas no início.

Segundo Fábio Queiroz, sua sogra, Maria do Rosário Fagundes, era filha de Francisca Lopo Fagundes e Roque Pereira Fagundes, primos. Os pais de Francisca eram Manoel Fagundes e Ana Varela Barca, naturais do Assú.

Os descendentes de Lopo Gil, com as informações trocadas entre si, poderiam reconstituir uma árvore mais precisa da família.

2 comentários:

  1. Muito contente em poder um relato de nossas raízes, personagens, história e de um esforço escomunal que é montar este quebra cabça chamado genealogia.

    Parabéns João Felipe, desde o momento me tornarei um leitor assíduo dos teus artigos e matérias deste site.
    Responder
  2. Caro Fábio
    É importante que cada um contribua com as informações que tenha sobre as suas famílias. Com isso, com certeza recuperaremos dados importantes da nossa História. Pode mandar o que você tiver que vou organizando por aqui. Se você preferir, faça um texto que colocarei no blog.
    Responder

sábado, 6 de julho de 2013

Um comentário recebido ontem, através do meu imeio.

Em 05/07/13, Ricardo Cavalcanti<ricardocobf@gmail.com> escreveu:
>> Boa tarde, Luiz,
>>
>> pelo google acabei encontrando seu blog, enquanto procurava informações
>> sobre um a a família Osório de Barros, da qual descendo.
>>
>> Desde já o parabenizo e agradeço pelas informações disponibilizadas.
>>
>> Meu nome é Ricardo Cavalcanti Osório de Barros Filho, sou trineto de Manoel
>> Osório de Barros, que foi casado com Guilhermina Dantas Cortez.
>>
>> Um abraço,
>>
>> Ricardo.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Uma carta de dr. Minéo para Nati Cortez. Minéo era filho de Tomaz Salustino Gomes de Mello.

 Manoel Salustino Neto, filho de dr. Tomaz Salustino Gomes de Mello, foi médico em Simão Dias, Estado de Sergipe, durante décadas. Em agosto de 1976,mandou uma carta para Maria Natividade Cortez Gomes, após o falecimento do seu marido, Manuel Genésio Cortez Gomes, filho de José Gomes de Mello Júnior, irmão do pai de dr. Tomaz. Clique na "foto" e leia o texto da carta.
Posted by Picasa

terça-feira, 2 de julho de 2013

Lembrando 1935.

terça-feira, 2 de julho de 2013

O telegrafista extremista


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
Naveguei, novamente, nos velhos jornais digitalizados da Biblioteca Nacional. Dessa vez, em busca de novas informações sobre a participação de meu pai no levante de 1935. O que sabia, até então, veio através de Heroíso Pinheiro, João Batista de Melo Pinto, e de Andrade Lima, no seu livro China Gordo. Essa parte está no livro “Notícias genealógicas do Rio Grande do Norte”.

Uma das informações colhidas, agora, dava conta que, em ato de 29 de janeiro de 1936, ele foi transferido da Regional de Pernambuco para a de Mato Grosso. Era nessa época praticante diplomado dos Correios e Telégrafos. Nunca tive notícia disso, pois não constava na sua ficha funcional que obtive do Ministério das Comunicações. Mas, acredito que esse ato não teve consequências, pois, em 18 de fevereiro do dito ano de 1936, viajando no vapor Poconé, procedentes de Recife, Miguel Trindade Filho e Wanderlino Virgínio Nunes foram impedidos de desembarcar em Salvador, acusados de exercício de atividades comunistas. O vapor seguiu viagem até o Rio de Janeiro, e, no dia 21 de fevereiro, os passageiros Miguel e Wanderlino, foram presos, a bordo do Poconé, por investigadores da Polícia Central. Em 14 de março desse mesmo ano, chegavam presos ao Rio de Janeiro, no vapor Manaus, 116 extremistas do norte, incluindo aí, Graciliano Ramos e as mulheres Maria Joana de Oliveira e Leonila Felix.

O “Diário Carioca”, de 26 de junho de 1936, informou que nos Correios e Telégrafos, o Diretor Geral tinha exonerado o praticante diplomado Miguel Trindade Filho, o mensageiro Wanderlino Virgínio Nunes e o diarista rádio Manoel Athanázio de Lima, por exercerem atividades subversivas de ordem política e social, como ficou provado em processo. O Correio Paulistano informou que tal decisão tinha sido determinada pelo Ministro da Viação Marques dos Reis, em 25 de junho do dito ano, pelo que tinham apurados os chefes dos exonerados, em virtude de participarem de atividades contra o regime. Na sua ficha funcional consta que ele, Miguel, tinha se afastado do serviço desde 1 de fevereiro de 1936.

No restante do ano de 1936 e no ano seguinte de 1937, nada sobre Miguel Trindade Filho. Vanderlino  Virgínio Nunes reaparece como jornalista  no Rio de Janeiro. Voltei a encontrar novas notícias somente no ano de 1938.

Em 15 de maio de 1938, o desembargador Barros Barreto, presidente do Tribunal de Segurança Nacional, tinha recebido do chefe de polícia de Pernambuco, Sr. Etelvino Lins, um ofício acompanhado do processo, instaurado em Pernambuco, contra elementos marxistas, presos e recolhidos á cadeia de Recife, naquele ano, acusados de conspirarem para a mudança do regime. Era um processo volumoso que apontava como responsáveis as seguintes pessoas: Hermes Carneiro Maranhão, o jornalista Nelson Firmo de Oliveira, Hélio Soares de Amorim, Antonio Bento Monteiro Tourinho, Felix Pereira de Lyra, pintor Hélio Feijó Ferreira, Casemiro Correia, Miguel Trindade Filho, José Ariston Filho, Raymundo Gurgel Cunha, arquiteto Heitor da Silva Maia Filho, José Pardal Cavalcanti, Anastácio Honório de Mello, Clóvis de Souza Caldeira, Isnard Cantalice e Antonio dos Santos Teixeira.

O inquérito acima tinha sido enviado pelo delegado Edson Moury Fernandes, chefe da Ordem Política e Social de Pernambuco, para o Secretário de Segurança. Esse documento foi amplamente divulgado na imprensa e continha trechos de depoimento de vários comunistas e outras pessoas.
O Diário de Notícias de 23 de setembro de 1938 informou que pelo procurador adjunto Dr. Gilberto Goulart de Andrade, foi apresentada denúncia contra os organizadores da “Frente Nacional Democrática, de Pernambuco, considerada de finalidades subversivas. A denúncia era minuciosa na análise das responsabilidades de cada acusado e continha a classificação de delito e pedido de exclusão de cinco dos que foram processados pela polícia daquele Estado. Dos denunciados, acima, pela “analise de ação dos acusados” o referido promotor requereu a exclusão do processo, dos seguintes indiciados: Hermes Carneiro Maranhão, Miguel Trindade Filho, Anastácio Honório de Mello, Nelson Firmo de Oliveira e Felix Pereira de Lyra.

No Correio da Manhã, de 4 de outubro de 1938, que tratou da sessão do Tribunal de Segurança Nacional, foi publicado que: depois de falar o procurador Campos da Paz, que pediu a agravação da pena para os acusados e condenação para os absolvidos, o presidente do Tribunal de Segurança concedeu a palavra ao advogado Sobral Pinto, seguindo-se-lhe na Tribuna os demais patronos dos réus, os advogados Evaristo de Moraes, Evandro Lins e Silva, Elmano Cruz, Onézimo Coelho, Moesia Rolim, Jamil Feres, Segadas Viana, Gastão Luz do Rego, Medrado Dias, Nelson Lourenço e Bulhões Pereira.

A sessão foi suspensa e, depois que voltaram, o desembargador Barros Barreto passou a ler a sentença proferida pelo Tribunal. Inicialmente, passou a ler as decisões contidas nos processos 636, 637 e 638. No primeiro, foi indeferida a exclusão pedida de Anastácio Honório de Mello e deferidas as exclusões de Hermes Carneiro Maranhão, Miguel Trindade Filho, Felix Pereira de Lyra e Nilson Firmo de Oliveira. Quanto aos processos 637 e 638 votaram pelo arquivamento de ambos.

Etelvino Lins, chefe de polícia de Pernambuco, depois interventor federal e, posteriormente, governador eleito de Pernambuco, foi colega de meu pai nos Correios, entre 1927 e 1929.

Agora, estou localizando o processo 636 no Arquivo Nacional. Quero ver o seu conteúdo.

Carmela faleceu hoje, 2.

Faleceu na manhã de hoje,2, a nossa irmã Carmela Cortez Gomes de Araújo, nascida a 20 de julho de 1938, em Natal , onde será sepultada às 10 horas de amanhã, 3, no cemitério de Nova Descoberta, após missa no centro de velório da rua São José, em Lagoa Seca. Carmela deixou marido e quatro filhos. Era filha de Manoel Genésio Cortez Gomes e Maria Natividade Cortez Gomes.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Dia 6, em Mossoró, encontro da família Rêgo.

Neste sábado, 06, acontecerá no Salão Cristal, do Garbos Recepções & Eventos, em Mossoró, RN, o V Encontro da Família Rêgo para um almoço de confraternização a partir das 11h30, quando vão reencontrar os familiares e se divertir ao som da música de Diassis e seu grupo de forró e Kaká (voz e violão). Acesse o site www.familiarego.com.br e faça sua inscrição até o dia 03 (quarta-feira).
 
Maiores informações: Vicente Rêgo: 84-8816-1109
 
Nelly Carlos Maia