terça-feira, 29 de outubro de 2013

Isolina Alves Avelino Waldvogel e seus irmãos


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
Foi no livro “Angicos”, de Aluízio Alves, que tomei conhecimento dos filhos do jornalista Pedro Avelino e D. Maria das Neves. Eram eles Georgino Avelino, Vicente Avelino, Maria Albertina Leite, Isolina Avelino e Camilo Avelino.

Nos livros de batismo de Angicos, inicialmente, só encontrei o batismo de uma filha de Pedro Avelino. Estava lá: aos quatro de janeiro de 1888 batizei, solenemente, a Maria, natural desta Freguesia, sendo padrinhos José Francisco Alves de Souza e sua mulher Maria Ignácia Alves da Silva (de Souza), nascida a 4 de dezembro de 1887, e filha legítima de Pedro Celestino da Costa Avelino e Maria das Neves Alves Avelino, livres, brasileiros, moradores nesta Freguesia, do que mandei fazer este assento, em que assino. O vigário Felis Alves de Sousa. Os padrinhos acima eram os avós maternos de Maria Albertina, que casou, em Natal, conforme registro abaixo.

Aos nove ou dez (como está escrito) de novembro de mil novecentos e sete, presentes as testemunhas Jayme Lopes do Canto e Dr. Affonso Barata, depois das canônicas habilitações, assistiu, de minha licença, o Reverendo Cônego Irineu Joffily ao recebimento matrimonial dos nubentes Dr. José Rodrigues Leite Junior e Maria Albertina Alves Avelino; ele filho legítimo de José Rodrigues Leite e Júlia Esberard Leite; e ela filha legítima de Pedro Celestino da Costa Avelino e Maria das Neves Alves Avelino. Do que mandei fazer e assino. O vigário Moyses Ferreira do Nascimento.

Dona Maria Albertina foi aluna e professora do Colégio Americano (na Av. Rio Branco, fundado em 1897, presbiteriano). Faleceu em Niterói, onde morou por muitos anos, em 1948. Seu marido, conhecido como Dr. Leite Junior, era engenheiro e foi funcionário da Diretoria de Obras da Prefeitura de Niterói.
Não encontrei, nessa busca inicial, o batismo de José Georgino Alves de Sousa Avelino, pois, todas as informações que tinha diziam que ele nasceu em 1888. Mas como já dito, em outro artigo deste jornal, encontrei, depois, o registro, onde descobri que o senador tinha nascido, na verdade, em 31 de julho de 1886, também em Angicos, sendo, portanto, o primeiro filho do casal Pedro Avelino e Maria das Neves.

Percorrendo os livros de batismos aqui da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, onde o jornalista Pedro Avelino viveu um tempo, encontrei o batismo de mais três de seus filhos: Isolina, Pedro e Camilo.
Aos dois de fevereiro de mil oitocentos e noventa e três, batizou solenemente, na Igreja Bom Jesus das Dores, o Padre Constâncio, Isolina, nascida a dezesseis de maio de mil novecentos e dois, filha legítima de Pedro Avelino, e Maria das Neves; foram padrinhos José da Penha Alves de Sousa (tio materno da batizada) e Maria Clara Martins dos Santos, na procuração que apresentaram Francisco de Moura Cabral e Cândida Gondim Cabral. Do que faço este termo e assino. O pároco João Maria Cavalcanti de Brito.

Na internet, encontro informações do Centro de Pesquisas Ellen White, das quais extraí: que ela, Isolina, era poetisa, tradutora (espanhol, inglês, francês e italiano), além de redatora da Casa Publicadora Brasileira. Diz mais que casou em 3 de abril de 1923, no Rio de Janeiro, com Luiz Waldvogel, obreiro da CPB, em Santo André, São Paulo, e que dessa união nasceu  Heloisa. Faleceu aos 6 de julho de 1980, com 88 anos de idade, em São Paulo.  Isolina foi rebatizada, na religião adventista, no Rio de Janeiro, no ano de 1915.

Outro filho do jornalista Pedro Avelino, que nasceu aqui em Natal, foi Pedro: Aos vinte e um de novembro de mil novecentos, na capela da Fábrica de Tecidos, nesta cidade, batizei solenemente Pedro, nascido a vinte oito de agosto do corrente ano, filho legítimo de Pedro Avelino e D. Maria das Neves Alves Avelino; padrinhos Juvino César Paes Barreto e D. Ignez Augusta Paes Barreto. Do que faço e assino este termo. Pároco João Maria Cavalcanti de Brito. Não encontrei mais informações sobre Pedro. Os padrinhos eram donos da fábrica de tecidos, onde hoje funciona o Salesiano.

Camilo, filho de Pedro Avelino e Maria das Neves Avelino, nasceu aos dez de março de mil novecentos e sete, e foi solenemente batizado aos dezenove de maio do dito ano; padrinhos Augusto Leite e Maria Leite. Do que mandei fazer e assino. Vigário Moysés Ferreira do Nascimento. Camilo Lutero Avelino casou com Maria Angelina dos Santos Amaral. Desse casal nasceram Íris Amaral Avelino e Lígia Amaral Avelino.

Quanto a Vicente Avelino não localizei seu batismo. Em 1915, na estação de Olaria, Rio de Janeiro, foi inaugurado o Externato Avelino, sob a direção mental de Pedro Avelino, tendo como professores Isolina e Vicente, que além das aulas normais, oferecia curso especial de francês, inglês, alemão e italiano. Encontro informações, em antigos jornais da Hemeroteca Nacional, que ele, Vicente Avelino, serviu no consulado brasileiro em Nova York e Paris, e foi cônsul do Brasil em Calcutá. Quando esteve em Paris (onde o pai morou 9 meses para tratamento de saúde) publicou um livro com o título “Ideário”, que recebeu criticas desfavoráveis, no “Gazeta de Notícias”, em 1927.

Dos jornalistas do Rio Grande do Norte, Pedro Avelino foi um dos mais importantes. Merece uma boa biografia!
Isolina e Luiz Waldvogel

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

QUINTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2013


SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA FAMÍLIA SALDANHA (I)


 Marcos Pinto


Tradicional e antiga família cearense advinda do Português MIGUEL CARLOS DA SILVA SALDANHA, que fixou-se na região jaguaribana, onde adquiriu inúmeras e vastas terras nas povoações de Jaguaribe-Mirim, Santa Rosa, Riacho do Sangue e Cachoeira, que passaram a cidades com as denominações de Jaguaribe, Jaguaribara (A antiga cidade que se encontra submersa pelas águas da Barragem do Castanhão) Jaguaretama e Solonópolis, região reconhecida como feudo das vetustas famílias SALDANHA e DIÓGENES, entrelaçadas entre sí por diversos matrimônios.

Devido à grandes e ferrenhos embates travados pelos Saldanha com outras famílias na região, em disputa por terras, houve dispersão de alguns componentes que optaram por fixarem moradia definitiva no estado da Paraíba, inicialmente na Serra do Teixeira, e depois na localidade Riacho dos Porcos, à época fazenda, que deu origem à cidade de Belém do Brejo do Cruz-PB, estendendo os domínios de suas terras com a compra da fazenda "Mulungu", encravada na área territorial de Brejo do Cruz-PB.

Pelos documentos oficiais destaca-se o Sr. JOAQUIM DA SILVA SALDANHA como pioneiro da família a aportar em terras paraibanas, após abandonar as plagas jaguaribanas, optando por procurar novos horizontes em terras já conhecidas pelos seus ascendentes. Fixou-se na fazenda "Mulungu", encravado na área territorial de Brejo do Cruz, considerado um dos mais antigos municípios da Paraíba. Fincou seus currais inicialmente na "Serra do Teixeira". Teixeira é um município brasileiro no estado da Paraíba, localizado na microrregião da Serra do Teixeira e integrante da Região Metropolitana de Patos. Por ter se envolvido em conflito em questões de divisas e marcos em terras vizinhas, o arrojado Joaquim deliberou em comprar terras em Brejo do Cruz, denominada de fazenda "Mulungu".

Joaquim era filho de Domingos da Silva Saldanha e Maria Rosa Cândida de Miranda. Conta a tradição oral que os intrépidos irmãos SALDANHA aportaram nos citados lugares por volta do ano de 1820.  Joaquim casou com FRANCISCA JOAQUINA MAIA, da tradicional família do Catolé do Rocha, senhora de gênio irascível e determinada na resolução de intrincados problemas quando verificada a ausência do esposo. Essa inconfundível matriarca sertaneja era popularmente conhecida como Dona Chiquinha do Mulungu. Desse venturoso casal nasceram:

F.01- Capitão PEDRO DA SILVA SALDANHA:

Nasceu em Brejo do Cruz-PB. Faleceu em Mossoró a 19.03.1899, aos 57 anos de idade, deixando a viúva MARIA CÂNDIDA MONTEIRO SALDANHA e os filhos:

N.01 - Joaquim Cândido da Silva Saldanha. (09 anos de idade).

N.02 - Cândido Joaquim da Silva Saldanha. (06 anos de idade).

N.03 - Isaura da Silva Saldanha.

N.04- Etelvina da Silva Saldanha. (08 anos) que veio a casar com o seu primo legítimo BENEDITO DANTAS SALDANHA, filho de Benedito Dantas da Silva Saldanha. Sem descendência. 

F.02- BENEDITO DANTAS DA SILVA SALDANHA - Casado com...

Foi pai de:

N.01- Benedito Dantas Saldanha - Nasceu em Brejo do Cruz-PB no ano de 1894. Casou com sua prima Etelvina da Silva Saldanha. Devido a sérios desentendimentos com a família Dutra, em que seus irmão Quinca e Plínio, conhecido como Marinheiro Saldanha figuravam como mentores intelectuais, junto a alguns parentes, em que mandou seis dos seus jagunços cometerem diversas tropelias, destacando-se a do dia 25 DE ABRIL DE 1926, que atacaram Brejo do Cruz, na Paraíba, matando Manuel Paulino de Moraes, Dr. Augusto Resende (Juiz Municipal), fere Dr. Minervino de Almeida, o “Joca Dutra” Prefeito Municipal), e Severino Elias do Amaral (Telegrafista). 

Autores intelectuais (supostamente): Deputado João Agripino de Vasconcelos Maia, residente no Sítio “Olho D’Água”, Catolé do Rocha, PB; Joaquim Saldanha (Quincas Saldanha), residente na fazenda “Amazonas”, Brejo do Cruz, PB; Odilon Benício Maia, residente na fazenda “Pedra Lisa”, Brejo do Cruz, PB; Plínio Dantas Saldanha, vulgo “Marinheiro Saldanha”, residente em Jardim de Piranhas, Caicó, Rio Grande do Norte, como mandantes[9]. 

Executores: Massilon Leite[10], José Pedro[11] (vulgo Coqueiro), Peitada, João Domingos, João Boquinha e João Cândido – vulgo Negro Cândido. 

Fonte: Denúncia oferecida pelo Promotor Público da Comarca de Souza, Paraíba, servindo “Ad-Hoc” em Brejo do Cruz, Paraíba, Dr. Emílio Pires Ferreira, em 10 de fevereiro de 1927, transcrita no Jornal “União”, da Paraíba, número 82, em 9 de abril de 1927, sábado. 

Assim foi o fato: como todos os finais-de-tarde em Brejo do Cruz, no Sertão paraibano, formou-se uma roda na frente da casa de Antônio Dutra de Almeida, no começo daquele fatídico ano de 1926. Dr. Joca Dutra (João Minervino de Almeida), Manoel Paulino Dutra de Morais, José Targino, Dr. Francisco Augusto de Resende (Juiz da Cidade) eram os presentes. 

As cadeiras, dispostas dia-a-dia nos mesmos lugares, eram, pelo hábito, marcadas: recebiam sempre os mesmos ocupantes. Em certo momento José Targino e Dr. Antônio Dutra de Almeida se levantam e vão tomar água no interior da casa. Nas cadeiras nas quais eles estavam sentados, inexplicavelmente se sentam Manoel Paulino Dutra de Morais e Dr. Francisco Augusto de Resende.  Escurece. 

Um atirador tomou posição a alguma distância e, de rifle, atirou nos ocupantes das duas cadeiras que lhe tinham sido previamente assinaladas. 

Dr. Francisco Augusto de Resende tombou morto. Manoel Paulino Dutra de Morais, ferido, fez menção de se levantar. Os outros tinham fugido. 

O atirador aproximou-se e desfechou várias peixeiradas em Manoel Paulino Dutra de Morais. Ao terminar observou atentamente o semblante do outro morto e gritou: “matei um inocente”.
Recolheu as armas, montou o cavalo, picou na espora e sumiu na escuridão da noite. Fora Massilon.


Chefe de cangaceiros BENEDITO DANTAS SALDANHA (calçando botas de cano longo) 

 BENEDITO foi nomeado Prefeito de Apodi pelo Interventor/governador Bertino Dutra, tendo assumido no dia 10 de Janeiro de 1933. Devido a cerrada campanha de divulgação da imprensa oposicionista da capital do estado, que repudiava o fato de ter sido nomeado um afamado chefe de cangaceiros para administrar o município de Apodi, teve curta duração à frente dos destinos daquele rincão, tendo sido demitido a 23.07.1933, portanto, com gestão de 05 meses e 23 dias. Investido da condição de Prefeito nomeado, à época denominado de Interventor, protagonizou violento atentado, quando na manhã do dia 18 de Abril de 1933 mandou trazer à sua presença o Coronel Lucas Pinto, escoltado sob ameaça de três cangaceiros/capangas armados, ocasião em que empunhando um revólver, tentou obrigar o Coronel Lucas Pinto engolir duas bolas feitas com jornal, sob a alegativa de que o líder político Apodiense mandara veicular notícia no Jornal "A RAZÃO", impresso e com sede em Natal, dando conta de que ele e seu irmão Quinca Saldanha comandavam grupo de cangaceiros, acoitados em sua fazenda em Caraúbas, e com atuação em Apodi e região. 

O Coronel Lucas Pinto foi salvo desse vexame graças à intervenção do valente Apodiense DECA CAVACO, que ao saber que o seu padrinho se encontrava sob ameaça do Benedito, dirigiu-se até o sobrado onde se desenrolava o sério atentado à integridade física do Cel. Lucas Pinto. Em lá chegando, dois cangaceiros tentaram impedir o acesso do Deca Cavaco, que ao descer do seu cavalo já empunhou seu punhal e deu dois sopapos nos dois cangaceiros, derrubando-os de uma só vez, ao mesmo tempo em que advertiu-os para que não insistissem em impedir o seu acesso. Ao chegar ao pavimento superior, encontrou Benedito aos gritos, obrigando o Coronel Lucas Pinto a engolir as bolas de jornal. Incontinenti, o Deca cravou o seu punhal no birô do Benedito e exclamou: Se não comeu não come mais. Encarou o Benedito e falou: Vou levar o meu padrinho, e se você se meter derrubo-lhe com um só tiro no meio da testa. 

Dito isto, mandou que o Coronel Lucas Pinto seguisse na frente que ele iria atrás, protegendo-o. Ao Benedito, que já havia sofrido uma cantada do Deca Cavaco, só restou a alternativa de convidar o Deca para mais tarde beberem e jogarem baralho juntos, no que o Deca respondeu que não bebia nem jogava com bandido. Nesse dia, o Coronel Lucas Pinto era o homem marcado pra morrer. Benedito Saldanha faleceu envenenado por sua amante, na cidade de Maranguape, onde residia, por volta do ano de 1954.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Os nossos ilustres Peregrinos

João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
Pelo menos, do meu conhecimento, cinco filhos de João Peregrino da Rocha Fagundes se destacaram nacionalmente: general Umberto Peregrino, que foi diretor da Biblioteca do Exército e do Instituto Nacional do Livro, e autor do livro “Crônica de uma cidade chamada Natal”; médico, jornalista e escritor Peregrino Junior, imortal da Academia Brasileira de Letras; engenheiro José Crisanto, que foi Superintendente do Porto do Rio de Janeiro, diretor comercial da Fábrica Nacional de Motores e Ministro Interino dos Transportes; médico e professor Armando Peregrino; e o jurista Miguel Seabra. Por isso, abrimos um artigo especial com essa família que juntou Rocha Fagundes com Seabra de Mello. Começaremos com casamento de João Peregrino e D. Cornélia.

Aos dezenove de junho de mil oitocentos e noventa e sete, nesta Matriz, precedido os proclamas, servatis servandis, assisti a celebração do sacramento do matrimônio de João Peregrino da Rocha Fagundes e Cornélia Seabra de Mello, presentes as testemunhas João Baptista de Caldas e Padre Manoel Luiz de Caldas Sobrinho. Os contraentes são filhos legítimos: ele de Joaquim Peregrino da Rocha Fagundes e Leonor Miquelina de Vasconcellos Fagundes, e ela de Miguel Augusto Seabra de Melo e Anna Leonor Seabra, e ambos são moradores e naturais desta Freguesia. Do que para constar mandei lavrar este que assino. O pároco João Maria Cavalcanti de Brito.

Dona Leonor, mãe de João Peregrino, faleceu no ano de 1878. Joaquim Peregrino era irmão do Reverendo Bartolomeu da Rocha Fagundes, que faleceu em Recife no ano de 1877, com 62 anos, e que foi Vigário da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação. Encontramos, na Gazeta de Notícias, do ano de 1888, o seguinte aviso do professor: Joaquim Peregrino da Rocha Fagundes explica mediante uma indenização cômoda, aritmética, geometria e álgebra, de acordo com o programa adotado pelo governo geral para os exames gerais de preparatório no império. Natal, 21 de março de 1888.

Do casal João Peregrino e Cornélia encontramos os registros de alguns filhos, sendo o mais velho deles: João Peregrino da Rocha Fagundes Junior, que  nasceu aos 12 de março de 1898, e foi batizado na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, aos 27 do mesmo mês e ano, tendo como padrinhos Capitão Miguel Augusto Seabra de Mello e D. Anna Leonor Seabra, avós do batizado. Ficou conhecido por Peregrino Junior.

Anna nasceu aos dezenove de outubro de 1900, e foi batizada aos vinte e dois de janeiro de mil novecentos e um, na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, tendo como padrinhos Leocádia da Rocha Fagundes e Maria da Rocha Fagundes. Há uma anotação no registro que ela casou, em 30 de agosto de 1941, com Roderico Valeriano de Moraes, na Igreja Nossa Senhora da Paz, do Rio de Janeiro.

José Crisanto Seabra Fagundes nasceu aos 26 de novembro de 1902 e foi batizado aos 27 de dezembro do mesmo ano, na Catedral, sendo seus padrinhos Alfredo Augusto Seabra de Mello e Aurélia Aurora Seabra de Melo.
Miguel Seabra que nasceu no dia 30 de junho de 1910,  foi batizado na Igreja Matriz pela Padre José Calazanas, sendo seus padrinhos Dr. Antonio China e Pocidonia Fagundes. Segue o casamento dele.

Aos trinta de maio de 1935, pelas dez horas, em oratório particular, à Rua João Pessoa, 263, desta paróquia de Nossa Senhora da Apresentação de Natal, por autorização do Exmo. Snr. Bispo Diocesano, depois de feitas as denunciações canônicas e demais formalidades prescritas, não aparecendo impedimento algum, quer canônico quer civil, como se vê do processo que fica arquivado nesta Freguesia, por palavras de presente, nas formas do ritual romano, em minha presença e na das testemunhas – os pais do nubente como abaixo se declara, por parte do nubente, Afonso Rique por procuração de Alberto Gentile, solteiro, funcionário publico e Hercilia Gentile, solteira, de afazeres domésticos, ambos naturais da Paraíba do Norte e residentes respectivamente na Bahia e nesta capital, por parte da nubente, todas pessoas muito de mim conhecidas, receberam-se em matrimonio Dr. Miguel Seabra Fagundes e Bemvinda Gentile, ambos solteiros, residentes e domiciliados nesta Freguesia, às ruas Duque de Caxias, 225 e João Pessoa, respectivamente, - ele magistrado, com 25 anos de idade, nascido a 30 de junho de 1910, nesta capital onde se batizou em tenra infância, filho legítimo de João Peregrino da Rocha Fagundes e Cornélia Seabra Fagundes, ambos já falecidos nesta cidade a 4 de setembro de 1934 e a 15 de outubro de 1916; e ela, de afazeres domésticos, com 20 anos de idade, nascida a 11 de abril  de 1914, em “João Pessoa” da Arquidiocese da Paraíba, onde foi batizada em tenra infância, filha legítima de Américo Gentile, casado, industrial, com 61 anos, e de sua esposa D. Carmela de Libero Gentile, de afazeres domésticos, com 54 anos, ambos naturais da Itália, casado a 31 de outubro de 1901, em São Paulo, residentes e domiciliados nesta Freguesia à Rua João Pessoa, 237; e em seguida, dei-lhes a benção nupcial, conforme o ritual. A nubente passa a assinar-se após o casamento: Bemvinda Gentile Seabra Fagundes. E para constar lavrei este termo que assino com os contraentes e as testemunhas.

Humberto Peregrino Seabra Fagundes nasceu aos 3 de novembro de 1911 e foi batizado (com H) aos 2 de dezembro do mesmo ano, sendo seus padrinhos Apolônio Augusto Seabra de Mello e Cecília Pinheiro.

Não encontrei o batismo de Armando Peregrino Seabra Fagundes, médico, professor da UFRJ. Mas, encontrei o batismo de um filho de Miguel Seabra.
Eduardo Gentile Seabra Fagundes nasceu aos 6 de maio de 1936, e foi batizado aos 30 do mesmo mês e ano, na Igreja Santo Antonio, filho legítimo do Desembargador Miguel Seabra Fagundes e Bemvinda Gentile Seabra Fagundes, sendo seus padrinhos Américo Gentile e Genoveva Gentile. Observem que em 1936, Miguel Seabra já era Desembargardor.
Batismo de Miguel Seabra Fagundes

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Gente do nosso tempo (IV)



João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG
Nosso artigo de hoje começa com o mestre Cascudo. Ele nasceu, com o nome de Luis, aos 30 de dezembro de 1898, e foi batizado aos 27 de maio de 1899, na Capela de Bom Jesus das Dores, filho legítimo de Francisco Justino d’Oliveira Cascudo e D. Ana Maria da Câmara, tendo como padrinhos Dr. Joaquim Ferreira Chaves e sua esposa D. Alexandrina Barreto Ferreira Chaves.  Luis da Câmara Cascudo casou, em 21 de abril de 1929, na capela do Colégio Conceição, com D. Dhália Freire, filha legítima do Dr. José Theotônio Freire e Maria Leopoldina Freire.

Fernando Luiz, que faleceu recentemente em Recife, filho de Luis da Câmara Cascudo e de Dona Dhália Freire, nasceu aos 9 de maio de 1931, e foi batizado na Catedral, aos 2 de agosto do mesmo ano, tendo como padrinhos Francisco Cascudo e Maria Leopoldina Freire, um avô de cada lado. Consta, como informação, no registro, que casou com Marly Maria da Silva, em 22 de outubro de 1960.

Dr. Carlos Roberto de Miranda Gomes, colega da UFRN, do IHGRN e do INRG, nasceu aos dez de dezembro de mil novecentos e trinta e nove, e foi batizado na Catedral aos 17 de março do ano seguinte, filho de José Gomes da Costa e de sua esposa D. Maria Lígia de Miranda Gomes, neto paterno de João Gomes da Costa e Bernardina Rodrigues da Costa, e materno de Jerônimo Xavier de Miranda e Aline Maranhão de Miranda. Foram padrinhos João Virgilio de Miranda e Olívia Fernandes de Miranda. Consta na lateral do registro que ele casou com Terezinha Rossi, em 16 de março de 1963. Teresinha nasceu em 21 de julho de 1936 e foi batizada aos 21 de fevereiro de 1939, filha de Rocco Rossi e Rosina Lovisi Rossi, tendo como padrinhos Francisco de Assis Costa e Ana Augusta Cavalcanti.

A família Romano Guerreiro morava em frente ao Colégio Maria Auxiliadora.  Fernando Romano Guerreiro nasceu aos 8 de fevereiro de 1939, e foi batizado no Santuário do Tirol, aos 14 de maio do mesmo ano, filho legítimo de Valdemar Tavares Guerreiro e Maria de Lourdes Romano Guerreiro, sendo padrinhos Cristovão Romano e d. Nair de Melo Romano. O registro informa que casou com Eleika de Sá Bezerra (atualmente, vereadora), em 27 de dezembro de 1965. O registro de casamento dos pais de Eleika é muito rico em informações. Dele extraímos o que se segue.

Aos nove de maio de 1935, no Santuário do Tirol, na presença das testemunhas Ezequiel Xavier Bezerra, casado, agricultor, e de sua esposa Maria Amélia Bezerra, ambos naturais de Currais Novos, da parte do nubente; Dr. Francisco Xavier Soares Olavo Montenegro, solteiro, médico, e a senhorinha Ivone Carrilho de Sá, solteira, ambos naturais de Ceará Mirim, pela parte da nubente, se receberam em matrimônio Dr. José Bezerra de Araújo e Ivete Carrilho de Sá, ele, engenheiro agrônomo, com 26 anos, nascido aos 4 de agosto de 1908, em Currais Novos, onde foi batizado, filho legítimo de Antonio Bezerra de Araújo, agricultor com 46 anos de idade, nascido aos 7 de abril de 1890, e de sua esposa Rita Maria de Araújo, doméstica, com 40 anos, nascido a 5 de maio de 1890 (deve ser 1895), ambos nascidos em Currais Novos; ela, de prendas domésticas, com 17 anos, nascida aos 9 de outubro de 1917, em Ceará Mirim, onde foi batizada, filha legítima de Valdemar Dias de Sá, comerciante, com 39 anos, nascido aos 23 de março de 1896, e de sua esposa Dulce Carrilho de Sá, doméstica, com 36 anos, nascida a 13 de junho de 1899, ambos naturais de Ceará Mirim.

Há poucos dias, no aniversário de Lúcia Caldas, reencontrei com Guga (Augusto Coelho Leal), que escreve neste mesmo jornal, e relembramos do pai dele, Seu Cloro, que tinha a farmácia Natal, no centro da cidade. Um irmão de Guga, Luiz Jorge, nasceu aos 19 de dezembro de 1938, e foi batizado na catedral, aos 30 de abril do mesmo ano, sendo filho de Clodoaldo Marques Leal e Maria José Leal, neto paterno de Luiz Marques Leal e Petronila Tertulina Leal, e materno de Jorge Coelho Leal e Maria Elisa da Silva, tendo como padrinhos Paulo Mesquita e Ilnah Pereira Mesquita. O registro informa que casou com Iris Bandão de Araújo, em 2 de abril de 1966.

Jurandyr Navarro foi presidente do nosso Instituto Histórico. Segue o casamento dos seus pais. No dia 19 de novembro de 1925, em oratório privado, à Rua Voluntário da Pátria, 709, na presença das testemunhas Sandoval Pinheiro Avelino e Fernando Tinoco, Jurandyr Sytaro da Costa desposou Almira Torres Navarro, ele com 25 anos, filho legítimo de Rodrigo Afonso da Costa e de Ana Sytaro da Costa, e ela, com 16 anos, filha de José Doze de Moraes Navarro, falecido, e de Josefa Torres Navarro.  Uma irmã de Jurandyr Sytaro era Aracy Sytaro da Costa, que casou com Carlos Homem de Siqueira.

Sandoval, que testemunhou o casamento de Jurandyr Sytaro, veio da terra do sal, para casar aqui em Natal. Descendente do professor Matheus da Rocha Bezerra e do rábula Vicente Avelino, ele, Sandoval, era irmão do poeta Edinor Avelino e primo legítimo do senador Georgino Avelino.

Sandoval Pinheiro Avelino desposou em 8 de setembro de 1925, Ana Almeida Tinoco, ele, filho legítimo de Emygdio Bezerra da Costa Avelino e de Maria Irinéia da Costa Pinheiro, natural de Macau, e residente em Natal, ela, filha legítima de João Juvenal Barbosa Tinoco, e de Constância de Almeida Tinoco, natural e residente em Natal. Foram testemunhas Dr. Francisco Albuquerque e Edinor Avelino.

Batizado de Custódia de Manoel Tavares Guerreiro- 1705

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Achada a certidão de casamento de Manoel Pegado.

O blogue recebeu uma carta de Rodrigo Cortez, um neófito, mas um grande pesquisador. Ele encontrou a certidão de casamento de Manoel Pegado Cortez Júnior, filho de Manoel Pegado Cortez, de Goianinha/RN, com "Marica Pegado", de Acary, que deu origem a família Dantas Pegado Cortez, de Currais Novos. Vide Olavo Dantas Cortez e Maria Anísia Cortez, "Pepita", filha de José Gomes de Mello Júnior e Ana Cantionilla Cortez Gomes.
O documento descoberto por Rodrigo Cortez confirma o que Celestino Alves escreveu sobre as famílias de Currais Novos. Leiam um resumo da carta de Rodrigo, enviada ontem, 09.10.2013.. 


Gonzaga, segue abaixo o 1° email com o texto e anexo original.
Trata da certidão de casamento de Manoel Pegado Cortez Junior e Maria Senhorinha da Silva Dantas. Note que o texto não está 100% legivel, mas a parte que consegui decifrar fala que o Manoel Pegado é filho natural, ou seja, o pai não registrou apenas a mãe. Porém o nome dele com a denominação Junior no final já faz supormos quem foi o pai de verdade.
Em relação à Marica, ela é filha legitima de Manoel Francisco Dantas Correa e Guilhermina Senhorinha da Silva, gente de Acarí e descendentes (ambos) de Caetano Dantas Correia.
Uma coisa que me intrigou mais ainda é o suposto nome da mãe de Manoel Junior. Ao que pude entender, porém sem plena convicção, é que ela se chamava Maria Joaquina da Conceição. Bem, este nome feminino é relativamente comum, e certamente será dificil rastrear a origem (encontrei pessoa homonima e da mesma época em em quase todos os cantos do RN: Assu, Arez, São Gonçalo e inclusive Acari/Carnauba dos Dantas). Rastreando especificamente a aparição em Acari/Carnaúba, descobri uma Maria Joaquina da Conceição como sendo filha de Caetano Dantas Correia (o 2°), portanto parente de Maria Senhorinha Dantas em alguma escala (algo como tia-avó). Então existe uma possibilidade de Manoel e Marica serem aparentados!!
Só uma coisa não fecha nesta estória: como danado o Cap. Manoel Pegado Cortez (de Arez) foi ao Seridó ter um caso extra-conjugal com a D. Maria Joaquina da Conceição??? A mim não parece fazer sentido!!
Portanto, é provavel que esta D. Maria Joaquina da Conceição seja mesmo moradora do litoral sul potiguar e por lá tenha tido o amançebo com o Cap. Pegado.
Abs,


Rodrigo Cortez

  


Casamento_Marica-Manoel_1866.jpg
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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Visita ao Castelo de Zé dos Montes - Engenho na Estrada



 

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Engenho na Estrada

O Castelo Encantado em Sítio Novo

O fantástico Castelo de Zé dos Montes, em cima da Serra da Tapuia, no município de Sítio Novo, será cenário para uma aula prática de fotografia com o professor Alex Gurgel, dentro do projeto “Engenho na Estrada”, que acontecerá no dia 17 de novembro (domingo), saindo às 07h00 da matina, da Escola de Fotografia Engenho de Fotos.

O pacote incluí a entrada no Castelo, um guia de turismo, transporte e um almoço a moda sertaneja, além de aulas de fotografia, em vários cenários, com exercícios práticos nos locais visitados. No final do dia, o grupo vai até Santa Cruz para fotografar o pôr-do-sol, tendo a Estátua de Santa Rita de Cássia, em cima do Monte Carmelo, como silhueta.

Engenho na Estrada – 100% prática fotográfica
Sítio Novo, Serra da Tapuia e Santa Cruz do Inharé
Data | 17 de novembro (domingo)
Hora de Saída | 07h00
Local | Engenho de Fotos (por trás da Igreja do Galo)
Valor | R$ 100,00 até o dia 05 de novembro
             R$ 120,00 depois do dia 05 de novembro

Informações | (84) 3211-5436

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Pinto Martins e Manoel Genésio Cortez Gomes.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Gente do nosso tempo (III)


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor de Matemática da UFRN, membro do INRG e do IHGRN
O famoso piloto que dá nome ao aeroporto de Fortaleza, Euclides Pinto Martins, nasceu, segundo seus biógrafos, em Camocim, Ceará, em 1892, e foi batizado nesse mesmo ano em Macau, mas passou um tempo em Natal onde estudou no Colégio Americano e, também, no Atheneu. Formado em Engenharia Mecânica nos Estados Unidos, aqui trabalhou na Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas e na Estrada de Ferro. Uma de suas filhas nasceu aqui em Natal, conforme registro a seguir. Aos oito de março de mil novecentos e quatorze, nesta cidade, em casa particular, o Reverendo Padre Joaquim Honório da Silveira, de minha licença, batizou solenemente a Céres, filha legítima de Euclides Pinto Martins e D. Maria Gertrudes MacMullan, nascida a dezoito de janeiro do mesmo ano, sendo padrinhos Antonio Pinto Martins e D. Maria do Carmo de Araújo Martins (avós paternos da batizada). Do que mandei fazer este assento que assino. O vigário, Cônego Estevam José Dantas.
A família Pinto Martins tem muitos descendentes no Rio Grande do Norte, e, talvez descenda daquele que levou a indústria da carne de charque para o Rio Grande do Sul. Faremos um artigo sobre aqueles que encontramos por aqui. Há uma rua, aqui em Natal, chamada de Pinto Martins.
O professor e historiador Cláudio Galvão tem contribuído, em muito, para a cultura do nosso estado, com a publicação de mais de 18 livros.  Ele merece nosso apreço e homenagem. Cláudio Augusto Pinto Galvão nasceu aos 28 de agosto de 1937 à Rua Ulisses Caldas, 39, e foi batizado aos 3 de abril de 1938, filho legítimo de Augusto Carlos Galvão, funcionário público, com 32 anos, e de Claudina Pinto Galvão, com 32 anos; neto paterno de Inácio Carlos Galvão e de Josefa Adelaide Galvão, e neto materno de João Batista Ferreira Pinto e Umbelina Ferreira Pinto. Foram padrinhos João Cláudio de Vasconcelos Machado, solteiro, e sua tia D. Amélia Machado, viúva.
Um irmão de Cláudio também se destacou na academia. Carlos Augusto Pinto Galvão, Doutor em Física, nasceu aos 11 de setembro de 1941 e foi batizado aos 8 de dezembro do mesmo ano, pelo padre Ulisses Maranhão, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Foram padrinhos Umberto Micussi e Maria Carneiro de Sousa.
Meu amigo e colega do Instituto de Genealogia, o jornalista Luiz Gonzaga Cortez, pesquisa os Gomes de Melo que se estabeleceram em Currais Novos e outros municípios deste país. Vamos ver alguns registros de familiares dele.
Margarida nasceu à Rua Felipe Camarão, 435, aos 18 de novembro de 1939, e foi batizada, aos 2 de janeiro de 1940, na catedral. Filha legítima de Manoel Genésio Cortez Gomes, industrial, de 40 anos, natural de Currais Novos, e de dona Maria da Natividade Cortez Gomes, de 25 anos, natural de Natal, neta paterna de José Gomes de Melo e Ana Gomes Cortez, e pela materna de Manoel Marcelino da Silva e Maria Gomes da Silva. Foram padrinhos Dr. Everton Dantas Cortez, advogado, natural de Currais Novos, e sua esposa D. Genura Ramalho Cortez, natural da Paraíba, residentes em Mossoró. Os padrinhos são os pais dos meus colegas da UFRN Ióris e Iéris.
Um irmão de Margarida, Dr. Cleóbulo Cortez, nasceu aos 28 de maio de 1932, e foi batizado aos 31 de julho do mesmo ano, na Catedral, sendo seus padrinhos José Borges de Oliveira e Maria Vieira Borges de Oliveira.
Outro irmão, Cleando, nasceu aos 14 de março de 1931 e foi batizado, na Igreja de Bom Jesus das Dores, aos 31 de maio do mesmo ano, tendo como padrinhos José Gomes de Melo e Ana Gomes Cortez. Cleando casou com Maria Salete Simonetti em Assú.
Os pais de Luiz Gonzaga Cortez, Manoel Genézio e Maria da Natividade, casaram aqui em Natal, no dia 18 de maio de 1930. Nessa data Manoel tinha 31 anos e Nati, 16.
Alguns batismos são realizados em datas bem posteriores ao nascimento das crianças. Um exemplo disso aconteceu com filhos de João Fernandes Campos Café e Florência Amélia Café, pais de Café Filho. Alzira nasceu aos 23 de abril de 1904 e, foi batizada somente aos 28 de Junho de 1931, na catedral, pelo monsenhor Alfredo Pegado, tendo como padrinhos Dr. José Ignácio de Carvalho e D. Noêmia Tinoco de Carvalho; já Jessé, que nasceu aos 22 de fevereiro de 1908, foi batizado nessa mesma data de Alzira, mas pelo padre Luiz Wanderley, tendo como padrinhos Sandoval Wanderley e Nossa Senhora.
Outro exemplo vem de filhos de Vicente Mesquita e Nair Furtado. Eider Mesquita nasceu aos 8 de novembro de 1928 e, só foi batizado aos 22 de maio de 1931, na catedral, tendo como padrinhos Theóphilo Furtado e Maria Arruda Furtado; Wilma, que nasceu aos 22 de novembro de 1929, foi batizada na mesma data de Eider, tendo como padrinhos Alfredo Mesquita Filho e Amélia Mesquita Meira. No registro de Wilma há uma correção do local, sendo informado que ela foi batizada em Oratório privado. Eider Mesquita era sogro do meu cunhado Uilame Umbelino, que descende em linha direta de Francisco Umbelino de Macedo Gomes, irmão de José Gomes de Melo Filho, citado acima.
o batismo de Céres



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Como pesquisar: os arquivos dos Mórmons e acervos paroquiais.

Caros colegas do Instituto Norte-Rio-Grandense de Genealogia,

Talvez vocês já sejam sabedores, mas, em todo caso, repasso porque acredito que trata-se de uma dica importante e que economizará bastante tempo nosso em termos de pesquisa. Já é de conhecimento de todos que os mórmons estão disponibilizando, gradativamente, os livros de registros paroquiais (batizados, casamentos, enterros, crismas) de alguns estados do Brasil, no endereço https://www.familysearch.org/search/image/show#uri=https%3A//api.familysearch.org/records/collection/1719212/waypoints

No caso do Rio Grande do Norte, os livros disponibilizados no endereço https://www.familysearch.org/search/image/show#uri=https%3A//api.familysearch.org/records/waypoint/11160374 correspondem, coincidência ou não, a paróquias da região do Seridó (Acari, Caicó, Cruzeta, Currais Novos, Florânia, Jardim do Seridó, Jucurutu, Parelhas e Serra Negra do Norte). Todavia, o portal do Family Search só permite que salvemos página por página. Imaginem, então, o trabalho. Eu mesmo comecei a baixar os livros de Acari, mas, desanimado, parei. 

Encontrei no fórum Geneall.net, no endereço http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=283222&fview=e, uma possibilidade de baixar os livros paroquiais de uma vez só, livro por livro! A dica foi dada por Rita van Zeller, e reproduzo abaixo. Para fazer o download dos livros, é necessário usar o Mozilla Firefox, baixar o software WinHTTrack e o plugin Add-On IMacros, além, é claro, de ter certa paciência. Segue o texto do fórum, reproduzido ipsis litteris. 

Eu, particularmente, estou utilizando o método para baixar o acervo paroquial de Acari e está dando certo. Já vou em 8 livros de batizados baixados em formato JPG. Não em resolução excelente, mas, com um monitor grande (de 18" acima) dá para fazer leitura. Já consegui rastrear vários descendentes dos mestiços Nicolau Mendes da Cruz (da Bonita, no rio São José) e de Feliciano da Rocha Vasconcelos (das Barrentas) e até ancestrais meus dos Dantas e Araújo, embora, nesse momento da minha pesquisa da tese, o interesse esteja recaindo sobre os mestiços. 

Conversei com o nosso confrade Arysson e acredito que, caso possamos nos dividir e ir baixando esses acervos, poderíamos disponibilizar para todos fazerem cópias. Eu mesmo, de antemão, comprometo-me a baixar o acervo da paróquia de Acari e gravar em DVD para deixar no Instituto, onde todos poderiam fazer cópia. Cada livro, com, em média, 200 a 250 páginas, fica com aproximadamente 100 MB. Ou seja, provavelmente em 1 ou 2 DVDs dê para armazenar a paróquia do Acari. Acho que essa seria uma atitude interessante e salutar para que todos nós, do instituto, pudéssemos compartilhar essas informações tão ricas e que tanto nos deixam felizes. 

Saudações genealógicas,
Helder Macedo


RE: folhear livros paroquiais digitalizados
25-07-2011, 21:58
Autor: rlvz      [responder para o fórum]

Caro Manuel,


Aqui ficam então as instruções para se conseguir fazer o download dos livros dos mormons, agora com os novos endereços.


1) INSTALAR O WINHTTRACK

http://www.httrack.com/


2) INSTALAR O ADD-ON IMACROS NO FIREFOX.

https://addons.mozilla.org/pt-PT/firefox/addon/imacros-for-firefox/


3) CRIAR UMA MACRO PARA OBTER AS LISTAS DE LINKS DOS LIVROS.

Depois de instalado, e reinicializado o Firefox, vai reparar que deve ter à esquerda da barra de endereços um ícone novo (um quadrado azul com uma bola amarela no canto inferior esquerdo).

Se clicar nesse botão, abre-se do lado esquerdo do Firefox um separador vertical, com o iMacros. Na parte de baixo tem três opções: Play; Rec; Edit.

Seleccionar [Rec] e depois clicar em [Record]. Se o iMacros perguntar se quer fechar todos os tabs, responder que não. Clicar em [Stop].

O iMacros vai voltar ao separador [Rec]. Seleccionar na parte de cima do iMacros, logo abaixo da pasta que diz "Favorites" a macro chamada #Current.iim. Na parte de baixo clicar em [Edit] e depois em [Edit Macro]. Vai abrir-se uma segunda janela com o texto da macro. Funciona como um processador de texto. Deve apagar tudo o que lá está, e copiar para lá o texto abaixo:

VERSION BUILD=7361445
TAB T=1
ADD !EXTRACT {{!URLCURRENT}}
SAVEAS TYPE=EXTRACT FOLDER=* FILE=URLS.txt
TAG POS=1 TYPE=IMG ATTR=SRC:https://cdn.familysearch.org/content/images/icon_next_img.png
WAIT SECONDS=1

Clicar [Save & Close].

Na parte de cima do iMacros clicar com o botão direito do rato na macro #Current.iim e seleccionar [Rename]. Na parte de baixo da janela do iMacros vai ver um campo onde pode escrever o nome da macro. Pode chamar-lhe, por exemplo, "Links-Mormons.iim" (sem aspas, e sem esquecer o .iim), e depois clicar no botão [Rename].

Ficou agora com uma macro, que vai poder usar para todos os livros dos Mormons.


4) OBTER A LISTA DE LINKS DE UM LIVRO.


Ir para a primeira página do livro/documento:

No iMacros seleccionar a macro "Links-Mormons" na parte de cima da janela, e na parte de baixo seleccionar o tab [Play].

No campo "Max:" abaixo de "Repeat Macro" colocar o número total de imagens do livro.

Clicar em [Play (Loop)]

A macro vai começar a executar, percorrendo as imagens uma a uma, e gravando o respectivo link num ficheiro no disco. Esperar que se chegue ao fim de todas as imagens, sem interromper a macro. Se a macro encravar, pode recomeçar-se no ponto onde se ficou.


5) PREPARAR A LISTA OBTIDA PARA DOWNLOAD DAS IMAGENS

Dentro da sua pasta "Documentos" ou "Meus Documentos" vai encontrar uma nova pasta "iMacros" e dentro dessa uma pasta "Downloads".

Nessa pasta vai estar um documento chamado URLS.txt (ou apenas URLS para aqueles que não configuraram o Windows para ver as extensões dos nomes dos ficheiros).

Abrir esse ficheiro com um editor de texto. Serve qualquer editor de texto -- Notepad do Windows, NoteTab Light, Notepad++ -- desde que tenha capacidade de fazer um search & replace simples. É preferível um editor de texto simples ao MS Word.

No editor de texto usar a função de substituir (no Notepad do Windows Editar -> Substituir), e fazer duas substituições em todos os links obtidos (no Notepad do Windows "Substituir tudo").

Primeiro substituir o texto seguinte (incluindo as primeiras ")

"https://www.familysearch.org/search/image/show#uri=https%3A//api.familysearch.org/records/pal%3A/MM9.3.1/

por

https://das.familysearch.org/das/v2/apid:


Depois substituir o texto seguinte (incluindo as últimas ")

%3Fcc%3D1850164%26wc%3D8112024"

por

/$dist?ctx=CrxCtxPublicAccess

Ou seja, a linha que era por exemplo

"https://www.familysearch.org/search/image/show#uri=https%3A//api.familysearch.org/records/pal%3A/MM9.3.1/TH-1-16279-48687-54%3Fcc%3D1850164%26wc%3D8112024"

transforma-se em

https://das.familysearch.org/das/v2/apid:TH-1-16279-48687-54/$dist?ctx=CrxCtxPublicAccess

ou seja a parte que se aproveita é "TH-1-16279-48687-54", a referência directa para a imagem em questão.

Depois de fazer todas as substituições, e ter uma lista de links com este aspecto, por exemplo:

https://das.familysearch.org/das/v2/apid:TH-1-16279-48687-54/$dist?ctx=CrxCtxPublicAccess
https://das.familysearch.org/das/v2/apid:TH-1-16279-48623-10/$dist?ctx=CrxCtxPublicAccess
https://das.familysearch.org/das/v2/apid:TH-1-16279-48384-14/$dist?ctx=CrxCtxPublicAccess
https://das.familysearch.org/das/v2/apid:TH-1-16279-48535-7/$dist?ctx=CrxCtxPublicAccess

etc., guardar o ficheiro e fechá-lo.



6) FAZER O DOWNLOAD DAS IMAGENS COM O WINHTTRACK

Abrir o WinHTTrack.

Clicar em [Seguinte].

Dar um nome ao projecto. Clicar em [Seguinte]

Se é a primeira vez que se usa o WinHTTRack configurar as opções:

==========
Clicar em [Set Options]

Scan Rules: seleccionar o quadrado que diz gif, jpg, png, tif, bmp

Build:
Local Structure Type: User-defined structure
clicar em [Options] e na janela que aparece escrever exactamente isto:

%r/%h%p/%n%[id:-:::].%t

clicar em [OK] para fechar essa janela
clicar em [OK] outra vez para fechar a janela das Options

Na barra de menu clicar Preferences -> Save Default Options
=========

No menu dropdown de "Action" seleccionar "Get separated files"

Na linha que diz "URL List (txt):" clicar no botão com "...", navegar até à pasta Documentos -> iMacros -> Downloads e seleccionar o ficheiro URLS.txt.

Clicar em [Seguinte]

Clicar em [Concluir]

No fim do Download as imagens vão estar dentro da pasta "nome do projecto", em C:\My Web Sites (Computador -> Disco C: -> My Web Sites).

Se tudo tiver corrido bem, deve apagar-se o ficheiro URLS.txt ou dar-lhe outro nome, para poder ser usado para recolher a lista de links do próximo download.


(todos os links numa linha só, caso fiquem partido nesta mensagem)



Vamos a ver quanto tempo dura este método!

Melhores cumprimentos,

Rita van Zeller


--

@heldermacedox

Oco-do-pau de Helder Macedo

Meu cantinho escuro e molhado
http://escuromolhado.wordpress.com

"O meu mundo não é como o dos outros,
Quero demais, exijo demais,
Há em mim uma sede de infinito,
Uma angústia constante que nem eu mesma compreendo,
Pois estou longe de ser uma pessimista;
Sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada.
Uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade... Sei lá de quê!" (Florbela Espanca)


Como pesquisar sobre quatro famílias do Seridó potiguar.

Prezados colegas do INRG,

Escrevo-lhes para compartilhar algumas fontes de pesquisa que dizem respeito à genealogia do Seridó e, também, efetuar uma consulta acerca de outros manuscritos de genealogia. Compartilhar informações e fontes de pesquisa, acredito, além de saudável, contribui para a disseminação do conhecimento. Nesse sentido, acredito que as fontes que ora vos disponibilizo poderão ser úteis, eventualmente, ou, apenas conhecimento a ser acumulado. 

1) "Genealogia dos nossos antipassados referentes aos differentes ramos de nossa ascendencia q.e são = Medeiros, Araújos, Dantas e Silvas"
Esse tratado de genealogia foi elaborado pelo coronel Manuel Maria do Nascimento Silva (Manuelzinho do Navio) e transcrito para um caderno de anotações em 1909. Antecede uma "Historia das Seccas e suas consequencias desde o começo do ceculo de 1700 athe a presente dacta", que é uma atualização do manuscrito escrito em 1847 pelo seu tio-avô Manuel Antonio Dantas Corrêa e publicado no livro "Secas contra a seca", de Filipe e Teófilo Guerra. Esse estudo de genealogia é bastante representativo pois apresenta uma visão mais geral das genealogias das famílias tradicionais que se construíram no sertão do Seridó a partir da chegada dos conquistadores luso-brasílicos. Tal manuscrito, até onde sabemos, foi utilizado por José Augusto na elaboração do seu "Famílias Seridoenses". Jayme Santa Rosa também cita a contribuição de Manuelzinho do Navio na composição do seu "Acari: fundação, história e desenvolvimento". Hoje o manuscrito de Manuelzinho do Navio encontra-se armazenado no Fundo José Augusto Bezerra de Medeiros, no Laboratório de Documentação Histórica (LABORDOC) do CERES-UFRN. Fiz fotografia do manuscrito, que disponibilizo para download:
Para quem for utilizar esse manuscrito em suas pesquisas, por favor, fazer a citação devida ao arquivo onde encontra-se guardado: LABORDOC. Fundo José Augusto Bezerra de Medeiros. SILVA, Manuel Maria do Nascimento. Genealogia dos nossos antipassados referentes aos differentes ramos de nossa ascendencia q.e são = Medeiros, Araújos, Dantas e Silvas [e] Historia das Seccas e suas consequencias desde o começo do ceculo de 1700 athe a presente dacta. Fazenda do Navio, 16 jul 1909.

2) "Genealogia da familia Dantas"
Uma cópia desse manuscrito encontra-se no acervo pessoal de dom José Adelino Dantas, que encontra-se guardado no Museu Histórico Nossa Senhora das Vitórias, em Carnaúba dos Dantas. Digitalizei essa cópia e também disponibilizo para que vocês façam download. É um manuscrito que historiciza a descendência de Caetano Dantas Corrêa, mas, como está incompleto (finda nos filhos de Alexandre Dantas Corrêa e Joana Francisca de São José), não está assinado. Disponibilizo, também, para que vocês possam opinar sobre a autoria. Essa cópia do manuscrito estava junto com cópias de alguns artigos que José de Azevêdo Dantas (1890-1929) escreveu no início do século XX. Presumo que possa ser de sua autoria ou, ainda, de seu irmão Mamede de Azevêdo Dantas. 
Tenho algumas considerações a fazer que podem elucidar, a partir dos vossos conhecimentos, a autoria desse manuscrito: a) Olavo de Medeiros Filho o utilizou amplamente na composição dos descendentes de Caetano Dantas em seu "Velhas Famílias do Seridó", o que é perceptível apenas a olhar a estrutura da descendência desse livro e do manuscrito; outrossim, na primeira página, para quem conhecia a grafia do mestre Olavo, é claro que é a sua letra, em caneta preta, retocando uma parte esmaecida do documento; b) o autor do documento o produziu no início do século XX, pois, faz referência à "floressente Povoação de Carnaúba", hoje, cidade de Carnaúba dos Dantas (a povoação existiu como tal de 1900 a 1938); c) o autor do documento, também, conheceu o manuscrito de Manuel Antonio Dantas Corrêa (há trechos que são, visivelmente, extraídos dele) e os inventários de Caetano Dantas e seu irmão Gregório Dantas, que são textualmente citados. 
O link para download é o seguinte:

3) Manuscritos de genealogia
Como já comuniquei a vocês em outro e-mail, estou desenvolvendo um trabalho de doutoramento acerca do fenômeno das mestiçagens no Seridó. Concluí um primeiro capítulo da tese, onde discuto, entre outros assuntos, a prática corrente, no Seridó antigo, de se escrever cadernos com apontamentos de genealogia pelos nossos ancestrais em suas fazendas e sítios. Analisei o manuscrito de Manuelzinho de Navio como sendo o mais representativo (até onde conheço), mas, gostaria de indagar de vocês se poderiam me dar informações acerca de outros moradores do Seridó antigo que também deixaram escritos em forma de cadernos de apontamentos acerca de genealogia. Não é o objeto central da tese, mas, gostaria muito de citar mais exemplos, para que essa mera remissão possa inspirar estudos acadêmicos mais profundos sobre genealogia. Por enquanto, nesse capítulo da tese, citei (além do texto de Manuelzinho do Navio) o (por enquanto anônimo) "Genealogia da família Dantas"; o texto Alguns ramos genealógicos que precederam ou se entroncaram em alguns famílias do Nordeste brasileiro, de Clementino Camboim; e as Anotações genealógicas, de Filipe Guerra. 

Saudações,

Helder Macedo

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Mais informações sobre os Umbelino Gomes de Santa Cruz e Natal.

Gente do nosso tempo (II)


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG
Ana Carmelita Gomes Neto faleceu na Rua Jundiaí, Natal, no dia 20 de agosto de 1943, deixando viúvo Dr. Arnaldo Gomes Neto. Diz o genealogista Antonio Luis, vendo uma foto onde aparecem Maria Felentina de Medeiros Rocha e algumas irmãs dela, que o padre Esmerino, que está no centro da imagem, era tio de Manoel Neto Gaspar. Pelo Facebook, Nel confirmou que o padre era irmão do seu avô paterno, Arnaldo Gomes Neto. Segundo monsenhor Severino Bezerra, o padre Esmerino nasceu em Itaporanga, PB, a 1º de setembro de 1881, filho de Josino Gomes Pereira da Silva e Maria Silvina da Silva.  Em 1944, o padre Esmerino faleceu em Santa Cruz.
Em 1946 era batizada, no Santuário do Tirol, Ana Maria, nascida nesse mesmo ano, filha legítima do Dr. José Arnaud Gomes Neto, advogado, natural de Santa Cruz, e de sua esposa Elza Câmara Gomes Neto, doméstica, natural de Baixa Verde, neta paterna do Dr. Arnaldo Gomes Neto e Ana Carmelita Gomes Neto; e materna de João Severiano da Câmara e Maria Gomes da Câmara. Padrinhos Dr. Arnaldo Gomes Neto e Tereza Gomes da Câmara.
Fernando Umbelino Gomes, primo legítimo de Ana Carmelita, morava na Av. Deodoro, e batizou um dos seus filhos, em Natal. Cleiber Moreira Dias Gomes nasceu em 1948, e foi batizado no mesmo ano, na Catedral. Era filho de Fernando Umbelino Gomes e Lúcia Maria Dias Moreira Gomes, neto paterno de José Umbelino Gomes de Macedo e Maria do O’ de Medeiros Gomes (filha de Felix Antonio de Medeiros), e materno de Odorico Moreira Dias e Marieta Bigois Moreira Dias. Foram padrinhos Francisco Umbelino Neto, tio do batizado, e sua esposa Maria Stela Rodrigues de Medeiros, meus sogros.
Do capitão João Martins Ferreira e do seu filho major José Martins Ferreira, fundadores de Macau, nasceu e foi batizado, aqui em Natal, um descendente. Paulo de Tarso Fernandes, que foi deputado estadual, nasceu no ano de 1949, e foi batizado no mesmo ano, na Catedral, pelo Padre José Pereira Neto. Filho legítimo de Aristófanes Fernandes e Silva, comerciante, e de sua esposa d. Maria do Céu Pereira Fernandes, neto pelo lado paterno de José Fernandes Silva e Jesuína Fernandes Silva, e pelo materno de Vivaldo Pereira de Araújo e Olindina Cortez Pereira. Foram seus padrinhos Monsenhor Paulo Herôncio de Melo e Eunice Pereira de Araújo, residentes em Currais Novos. Jesuína era filha de Josefina Emília Martins Ferreira, prima legítima de minha avó, ambas netas do Major José Martins Ferreira.
Olindina Coeli, irmã de Paulo de Tarso, nasceu em 1946, à rua Mossoró, 359,e foi batizada no mesmo ano no Santuário do Tirol, pelo mesmo padre  José Pereira Neto, sendo seus padrinhos José Cortez Pereira de Araújo (foi governador do Rio Grande do Norte), solteiro, e Jesuína Fernandes da Silva, casada, aquele  residente em Currais Novos, e esta em Santana do Matos.
Ainda na av. Deodoro, 736, onde moravam seus pais, nasceu Militão Chaves Filho, no ano de 1949, e foi batizado no mesmo ano. Filho legítimo de Militão Chaves, comerciante, natural de Pau dos Ferros, e de sua esposa d. Elza de Paiva Chaves, de prendas domésticas, natural de São José de Mipibú, neto paterno de Benedito Antonio Chaves e Leopoldina de Sousa Chaves, e pelo materno de Amaro Marques e Anísia de Paiva Marques, sendo padrinhos o deputado federal Aluízio Alves e sua esposa d. Ivone Lira Alves, residentes à rua Silveira Martins, 156, apt. 803, Rio de Janeiro.
Dessa família Chaves tem Maria das Graças nascida à Rua Princesa Isabel, residência dos pais, em 1948, e batizada na Catedral nesse mesmo ano. Filha legítima de Garibaldi Alves, agricultor, e D. Maria Vanice Chaves Alves, neta paterna de Manoel Alves Filho e Maria Fernandes Alves; e materna de Francisco Quinho Chaves e Natércia Pinheiro Chaves. Padrinhos João Pinheiro de Melo, comerciante, e D. Francisca Fernandes Pinheiro.
Quem morava na Hermes da Fonseca, em frente ao Colégio Maria Auxiliadora, era Zezé (José Idalino), que nasceu em 1942, em São José de Mipibú, onde moravam os pais. Filho legítimo de Orlando Teixeira de Carvalho, funcionário público, com 31 anos, natural de Canguaretama, e de sua esposa D. Aliete Soares de Carvalho, com 27 anos, natural de Baixa Verde, neto paterno de Idalino Teixeira de Carvalho e Elvira Teixeira de Carvalho, e pela materna de João Frutuoso Soares e Joana Teixeira Soares. Foram padrinhos João Nesi, solteiro, funcionário público, natural de Natal, e sua irmã D. Adélia Nesi Simonetti, funcionária pública, residentes em Natal.
Por falar em Nesi, em 1938, nascia, no Hospital Miguel Couto, Mitsi Nesi Simonetti, que foi batizada na Catedral, em 1939, filha legítima de Absalão Simonetti, e de sua esposa Adélia Nesi Simonetti, ambos naturais do Rio Grande do Norte, domiciliados à Av. Rio Branco, 543, neta paterna de Américo Vespúcio Simonetti e Amélia Fausta Simonetti, e materno de João Nesi e Gabriela Nesi. Foram padrinhos João Nesi Filho e Gabriela Nesi.
Não devemos deixar nossos descendentes órfãos de informações sobre seus ancestrais. Vamos escrever para eles a história de nossas famílias.

 Veja os Medeiros na foto abaixo