segunda-feira, 31 de julho de 2017

Ensino de História em Portugal perpetua mito do 'bom colonizador' e banaliza escravidão, diz pesquisadora

Escravos por DebretDireito de imagemJEAN-BAPTISTE DEBRET
Image captionPintura do francês Jean-Baptiste Debret de 1826 retrata escravos no Brasil
"De igual modo, em virtude dos descobrimentos, movimentaram-se povos para outros continentes (sobretudo europeus e escravos africanos)."
É dessa forma - "como se os negros tivessem optado por emigrar em vez de terem sido levados à força" - que o colonialismo ainda é ensinado em Portugal.
Quem critica é a portuguesa Marta Araújo, investigadora principal do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.
De setembro de 2008 a fevereiro de 2012, ela coordenou uma minuciosa pesquisa ao fim da qual concluiu que os livros didáticos do país "escondem o racismo no colonialismo português e naturalizam a escravatura".
Além disso, segundo Araújo, "persiste até hoje a visão romântica de que cumprimos uma missão civilizatória, ou seja, de que fomos bons colonizadores, mais benevolentes do que outros povos europeus".
"A escravatura não ocupa mais de duas ou três páginas nesses livros, sendo tratada de forma vaga e superficial. Também propagam ideias tortuosas. Por exemplo, quando falam sobre as consequências da escravatura, o único país a ganhar maior destaque é o Brasil e mesmo assim para falar sobre a miscigenação", explica.
"Por trás disso, está o propósito de destacar a suposta multirracialidade da nossa maior colônia que, neste sentido, seria um exemplo do sucesso das políticas de miscigenação. Na prática, porém, sabemos que isso não ocorreu da forma como é tratada", questiona.
Araújo diz que "nada mudou" desde 2012 e argumenta que a falta de compreensão sobre o assunto traz prejuízos.
"Essa narrativa gera uma série de consequências, desde a menor coleta de dados sobre a discriminação étnico-racial até a própria não admissão de que temos um problema de racismo", afirma.
Escravos por DebretDireito de imagemJEAN-BAPTISTE DEBRET
Image captionSegundo Araújo, livros didáticos portugueses continuam a apregoar visão "romântica" sobre colonialismo português

'Vítimas passivas?'

Para realizar a pesquisa, Araújo contou com a ajuda de outros pesquisadores. O foco principal foi a análise dos cinco livros didáticos de História mais vendidos no país para alunos do chamado 3º Ciclo do Ensino Básico (12 a 14 anos), que compreende do 7º ao 9º ano.
Além disso, a equipe também examinou políticas públicas, entrevistou historiadores e educadores, assistiu a aulas e conduziu workshops com estudantes.
Em um deles, as pesquisadoras presenciaram uma cena que chamou a atenção, lembra Araújo.
Na ocasião, os alunos ficaram surpresos ao saber de revoltas das próprias populações escravizadas. E também sobre o verdadeiro significado dos quilombos ─ destino dos escravos que fugiam, normalmente locais escondidos e fortificados no meio das matas.
"Em outros países, há uma abertura muito maior para discutir como essas populações lutavam contra a opressão. Mas, no caso português, os alunos nem sequer poderiam imaginar que eles se libertavam sozinhos e continuavam a acreditar que todos eram vítimas passivas da situação. É uma ideia muito resignada", diz.
Araújo destaca que nos livros analisados "não há nenhuma alusão à Revolução do Haiti (conflito sangrento que culminou na abolição da escravidão e na independência do país, que passou a ser a primeira república governada por pessoas de ascendência africana)".
Já os quilombos são representados, acrescenta a pesquisadora, como "locais onde os negros dançavam em um dia de festa".
"Como resultado, essas versões acabam sendo consensualizadas e não levantam as polêmicas necessárias para problematizarmos o ensino da História da África."

'Visão romântica'

Araújo diz que, diferentemente de outros países, os livros didáticos portugueses continuam a apregoar uma visão "romântica" sobre o colonialismo português.
"Perdura a narrativa de que nosso colonialismo foi um colonialismo amigável, do qual resultaram sociedades multiculturais e multirraciais - e o Brasil seria um exemplo", diz.
Ironicamente, contudo, outras potências colonizadoras daquele tempo não são retratadas de igual forma, observa ela.
"Quando falamos da descoberta das Américas, os espanhóis são descritos como extremamente violentos sempre em contraste com a suposta benevolência do colonialismo português. Já os impérios francês, britânico e belga são tachados de racistas", assinala.
"Por outro lado, nunca se fala da questão racial em relação ao colonialismo português. Há despolitização crescente. Os livros didáticos holandeses, por exemplo, atribuem a escravatura aos portugueses", acrescenta.
Segundo ela, essa ideia da "benevolência do colonizador português" acabou encontrando eco no luso-tropicalismo, tese desenvolvida pelo cientista social brasileiro Gilberto Freire sobre a relação de Portugal com os trópicos.
Em linhas gerais, Freire defendia que a capacidade do português de se relacionar com os trópicos ─ não por interesse político ou econômico, mas por suposta empatia inata ─ resultaria de sua própria origem ética híbrida, da sua bicontinentalidade e do longo contato com mouros e judeus na Península Ibérica.
Apesar de rejeitado pelo Estado Novo de Getúlio Vargas (1930-1945), por causa da importância que conferia à miscigenação e à interpenetração de culturas, o luso-tropicalismo ganhou força como peça de propaganda durante a ditadura do português António de Oliveira Salazar (1932-1968). Uma versão simplificada e nacionalista da tese acabou guiando a política externa do regime.
"Ocorre que a questão racial nunca foi debatida em Portugal", ressalta Araújo.
Passagem de livro didático em PortugalDireito de imagemMARTA ARAÚJO
Image captionLivro didático português diz que escravos africanos "movimentaram-se para outros continentes"

'Sem resposta'

A pesquisadora alega que enviou os resultados da pesquisa ao Ministério da Educação português, mas nunca obteve resposta.
"Nossa percepção é que os responsáveis acreditam que tudo está bem assim e que medidas paliativas, como festivais culturais sazonais, podem substituir a problematização de um assunto tão importante", critica.
Nesse sentido, Araújo elogia a iniciativa brasileira de 2003 que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.
"Precisamos combater o racismo, mas isso não será possível se não mudarmos a forma como ensinamos nossa História", conclui.
Procurado pela BBC Brasil, o Ministério da Educação português não havia respondido até a publicação desta reportagem.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

O O Homem veio do macaco, segundo Darwin.

CIÊNCIA E SAÚDE

O que Charles Darwin viu no Brasil

Foi na Bahia e no Rio que o naturalista se deparou pela primeira vez com a diversidade da floresta tropical e também se chocou com a escravidão: pontos tidos como cruciais para a elaboração de sua revolucionária teoria.
Sklaven in Brasilien (Getty Images/Florilegius)
Escravos no Brasil, em pintura de 1835: Darwin cita muitas vezes exemplos claros de crueldade contra negros
A passagem Charles Darwin (1809-1882) pelo Brasil pode ter sido muito mais importante para a Teoria da Evolução das Espécies do que se costuma imaginar. Muito se fala sobre as observações feitas pelo naturalista britânico nas Ilhas Galápagos e na Patagônia argentina. Mas foi em solo brasileiro, há 185 anos, que ele se deparou pela primeira vez com a diversidade da floresta tropical e também se chocou com a escravidão – reforçando suas convicções abolicionistas de que todos os seres humanos compartilham a mesma linhagem sanguínea em razão da ancestralidade comum.
Os dois pontos, segundo especialistas, foram cruciais para a elaboração da revolucionária teoria que separou, pela primeira vez, a ciência da religião, lançada, em 1859, no livro A origem das espécies. Segundo a Teoria da Evolução, todas as espécies evoluem a partir de mutações aleatórias e da seleção natural dos mais bem adaptados. E o homem é ligado a todos os outros animais por descender de um ancestral comum ao dos macacos e, por isso, não poderia haver diferenciação entre raças.
O HMS Beagle, comandado pelo capitão Fitz-Roy, partiu de Davenport, na Inglaterra, em 27 de dezembro de 1831, para uma viagem ao redor do mundo que duraria cerca de cinco anos. A bordo estava o jovem naturalista Charles Darwin, de apenas 22 anos. Depois de passar por Cabo Verde, o navio seguiu para o arquipélago brasileiro de São Pedro e São Paulo e para Fernando de Noronha, antes de parar na Bahia. No livro Viagens de um naturalista ao redor do mundo, Darwin dedica cerca de dez páginas a sua passagem por Salvador, aonde chegou em 29 de fevereiro de 1832.
Embora a estadia na capital baiana tenha sido curta, Darwin passeou pela cidade e chegou mesmo a explorar um pouco do interior, coletando amostras de plantas, insetos e até um lagarto. Num dos trechos de seu diário, ele nota que coletou uma grande quantidade de flores tão brilhantes e coloridas, que seriam capazes de fazer um "florista enlouquecer”. Ainda na cidade, Darwin enfrentou pelo menos duas experiências que considerou assustadoras: uma forte tempestade tropical e o carnaval de rua de Salvador – em que foi acertado pelas bolas de cera recheadas de água, o chamado limão de cheiro, usado na época nos festejos.
Em suas anotações ele ressalta que todo o trabalho braçal era feito por negros, registra relatos de escravos e se refere aos ingleses preconceituosos como "selvagens polidos”.
"De onde vem a diversidade?"
Em 4 de abril, o navio chegou ao Rio de Janeiro, onde o naturalista ficaria por mais de quatro meses. Um capítulo inteiro de seu livro é dedicado a este período em que fez uma longa incursão pelo interior do estado, coletando dados geológicos, amostras de plantas e animais e, como sempre, histórias do horror da escravidão.
 "O impacto da passagem de Darwin pelo Brasil não foi pequeno e motivou a pergunta ‘de onde vem a diversidade?'”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira, que está terminando de organizar um livro reunindo todos os escritos de Darwin sobre o Brasil, entre relatos de viagens e cartas. "Em vários trechos ele diz que uma das coisas que mais o impressionaram foi a diversidade da natureza tropical que viu em Salvador e no Rio.”
Charles Darwin Portrait (Hulton Archive/Getty Images)
Charles Darwin, retrato de 1880: passagem pelo Brasil motivou a pergunta ‘de onde vem a diversidade?'"
Charles Darwin vinha de uma família liberal e antiescravagista, mas nunca tinha visto a escravidão de perto. A ideia de que a postura antiescravagista de Darwin estaria na origem da Teoria da Evolução é defendida por dois grandes especialistas na obra de Darwin e biógrafos do naturalista, Adrian Desmond e James Moore, no livro A causa sagrada de Darwin.
 "Vivenciar a escravidão desta forma e constatar a diferenciação absurda feita entre seres humanos certamente o impactou bastante”, sustenta Moreira. "Ele cita muitas vezes exemplos claros de crueldade contra escravos e dá para notar claramente a irritação dele ao discutir a escravidão com Fritz-Roy.”
Poucos dias depois da chegada de Darwin ao Rio, o naturalista escreve que conheceu um inglês que se preparava para visitar suas propriedades, "situadas a pouco mais de 100 milhas (160 km) da capital", ao norte de Cabo Frio. "Ele teve a gentileza de me convidar como companhia, o que aceitei com prazer”. A expedição começou no dia 8 de abril. Darwin conta que, em meio a um calor intenso, o silêncio da mata era completo, "quebrado apenas pelo voo preguiçoso das borboletas”.
Já neste primeiro dia, o grupo passou por uma fazenda na Lagoa de Maricá. Lá ele ouviu uma história que reproduz em seus escritos. Um grupo de capatazes teria sido enviado em busca dos escravos fugitivos e todos eles acabaram se rendendo, encurralados junto a um precipício, à exceção de uma mulher, já de uma certa idade, que preferiu se lançar para a morte. "Praticado por uma matrona romana, esse ato seria interpretado e difundido como amor à liberdade”, escreveu Darwin. "Mas da parte de uma pobre negra, se limitaram a dizer que não passou de um gesto bruto."
"Jamais voltaria"
Outra história chamou muito a atenção de Darwin, desta vez numa fazenda em Conceição do Macabu, no interior do estado.
"Ele fica particularmente chocado ao ver um capataz ameaçar separar uma família como forma de punição”, conta Kátia Leite Mansur, do Departamento de Geologia da UFRJ, uma das idealizadoras do projeto Caminhos de Darwin, que mapeou toda a região por onde o naturalista passou em sua expedição. "Ele escreve que além do uso da força, é um dos castigos mais cruéis. E diz que jamais voltaria a um país em que houvesse escravidão.”


Assistir ao vídeo02:14

Será que o ser humano ainda está evoluindo?

Em 2009, por conta dos 200 anos do nascimento do naturalista, 12 placas foram instaladas ao longo do percurso com informações sobre a sua passagem. Ainda em 2017, Kátia espera inaugurar seis grandes painéis com informações geológicas. Há ainda o projeto de se construir um espaço Darwin na Fazenda Campos Novos, entre Cabo Frio e Búzios, um dos pontos de pouso do naturalista. A fazenda, do século 18, é tombada pelo patrimônio, mas precisa de reformas. Trata-se da mais antiga fazenda jesuíta que resta em pé no país.
"Darwin ficou muito tempo no Rio, onde fez observações sociais, levantou questões relativas à escravidão, e ainda coletou muita coisa, descreveu muitas plantas, bichos e rochas”, resume Katia. "O tempo que passou no interior viu coisas que nunca tinha visto, restingas, borboletas. Também descreve os lugares por onde passa, as hospedarias, igrejas, as comidas, as pessoas. E é um relato muito poético, muito bonito.”
A viagem do Beagle estava prevista para durar apenas dois anos, mas acabou se prolongando por quase cinco, com uma volta ao mundo, que incluiu as passagens mais conhecidas da expedição do naturalista pelas Ilhas Galápagos e a Patagônia. Quando finalmente voltou à Inglaterra, Darwin já era famoso por conta das amostras que mandava regularmente a seu país.
Ao que tudo indica, não foi apenas a visão dos tentilhões e dos fósseis de mamíferos gigantes que forjaram a mais revolucionária das teorias científicas, mas também a exuberância da floresta tropical brasileira e os horrores da escravidão.
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sexta-feira, 21 de julho de 2017


21 de julho de 2017 às 7:42

Morre Doutor Paulo Balá, imortal da Academia de Letras e fundador do Instituto de Radiologia do RN[0] Comentários | Deixe seu comentário.

Morreu o médico radiologista, um dos fundadores do Instituto de Radiologia do RN, Paulo Bezerra.
Conhecido por Paulo Balá, o acariense autor de 4 livros intitulados “Cartas dos Sertões do Seridó”, chegou a imortal da Academia Norte-rio-grandense de Letras.
Vaqueiro, como gostava de ser chamado o poeta, dedicou sua vida de homem do interior à Fazenda Pinturas, em Acari, que comprou do meu bisavô.
‘Doutor Paulo’ lutava contra um câncer.
Deixou a mulher Zélia e os filhos Cassiano, Flávia, Micaela e Julião.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Por que criamos rugas e o que podemos fazer para evitá-las?

Rugas (Thinkstock)Direito de imagemTHINKSTOCK
Dizem que nossa pele conta uma história sobre nossa vida.
O que diz a ciência? O que faz com que a pele envelheça? É possível fazer algo sem recorrer à cirurgia plástica?

O que causa as rugas?

CLICÁVEL
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  • Epiderme

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    A epiderme forma a capa exterior da nossa pele: uma barreira física resistente que protege o corpo do mundo ao seu redor.
    Em média, o nosso corpo produz uma nova epiderme inteira a cada 60 dias. As células da superfície da pele se descamam, mas são continuamente substituídas por outras novas, que crescem por baixo delas.
    À medida que envelhecemos, a renovação da epiderme leva mais tempo, o que torna mais visíveis as marcas da velhice.
  • Derme

    ×

    A derme é absolutamente crucial no processo de envelhecimento.
    Ela é alimentada por vasos sanguíneos e contém colágeno e fibras elásticas que mantêm a pela jovem tesa, firme e lisa.
    A quantidade de colágeno e fibras elásticas na derme diminui com o passar dos anos. Além disso, perdemos a gordura que fica abaixo dos tecidos da pele. O resultado é que a pele perde elasticidade, se afrouxa e começam a surgir os sinais e as rugas. .
  • Colágeno

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    O colágeno reforça e confere elasticidade à pele. Ele forma uma complexa rede 3D de fibras.
    Até mais ou menos os 40 anos, o corpo produz muito colágeno de maneira muito eficiente, mas a partir daí, há uma diminuição crescente.
  • Fibroblastos

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    Os fibroblastos são como máquinas de produzir colágeno. Nas peles jovens, também ajudam a esticar o colágeno, evitando que a pele perca a sua rigidez e firmeza.
    Com o passar dos anos, a produção de colágeno diminui, e as conexões entre os fibroblastos e o colágeno começam a falhar.
    O resultado é bastante visível: mais e mais profundas rugas.
Proteja-se do sol
Por que?
Todos temos consciência do risco de queimaduras causadas pelos raios solares, mas esse é apenas um dos perigos que esse astro representa para nossa pele.
A luz do sol contém diferentes tipos de raios UV (ultravioleta) e o efeito desses raios depende de seu comprimento de onda.
As queimaduras são causadas pelos raios UVB (ultravioleta B), que atingem a porção superior da pele, mas não penetram até a epiderme ou a derme.
Os raios UVA possuem comprimento de onda muito maior, daí seu efeito mais profundo: podem degradar o colágeno que é o “adesivo” de nosso corpo. E se o colágeno se debilita na pele, surgem as rugas.
Creme solar (Thinkstock)Direito de imagemTHINKSTOCK
O que fazer?
Simples: use protetor solar. Mas não apenas quando estiver tomando sol.
Por causa de seu comprimento de onda, os raios UVA podem atravessar vidros, o que significa que o envelhecimento de sua pele pode estar se acelerando quando você dirige até o trabalho ou quando está sentado ao lado de uma janela.
Certifique-se que sua marca de protetor solar tenha boa proteção contra raios UVA.
Coma os alimentos corretos
Por que?
Rugas
Image captionApenas respirar já nos causa rugas.
Cada vez que respira, uma fração mínima do oxigênio que inspira entra em suas células e ataca seu DNA.
Essas moléculas de oxigênio são conhecidas como radicais (antes radicais livres). O dano que causam, sobretudo aos fibroblastos produtores do colágeno da pele, se acumula no tempo. E provoca rugas.
O que fazer?
Precisamos respirar, então por esse lado não há opção.
Mas pesquisadores estão convencidos da possibilidade de reduzir o dano causado pelos radicais por meio da alimentação correta.
Essas são regras chave a seguir:
Regra 1: Escolha alimentos de cores vibrantes
Tomates (Thinkstock)Direito de imagemTHINKSTOCK
Image captionTomates, por exemplo, são uma excelente fonte de um poderoso antioxidante chamado licopeno, que dá a cor do tomate e também é bom para prevenir o estresse de oxidação que acelera o envelhecimento.
Regra 2: Aposte em frutas e vegetais com sabor amargo
Brócolis (Thinkstock)
Image captionVegetais como brócolis e rabanetes são fonte rica de um tipo de antioxidante chamado glucosinolato. Consumir esse tipo de ingrediente pode elevar as defesas naturais da pele.
Regra 3: Coma muitos peixes oleosos, como salmão, atum e sardinha
Pescado (Thinkstock)Direito de imagemBBC WORLD SERVICE
Image captionO ingrediente vital nesses peixes é o ômega 3. Esse ácio graxo minimiza a inflamação nas células da pele, o que também ajuda a desacelerar o estresse de oxidação.
Outros fatores, como fumar, também podem acelerar o envelhecimento da pele.
Controle o açúcar no sangue
Por que?
Pesquisadores que investigam o vínculo entre taxas de açúcar no sangue e envelhecimento da pele descobriram que pessoas com altos níveis de glicose aparentam ser dois anos mais velhos do que são.
O que ocorre? O excesso de açúcar no sangue se associa ao colágeno da pele e faz com ele fique mais quebradiço, o que torna o processo de reparação da pele mais difícil. O resultado? Mais rugas.
Açucar (Thinkstock)Direito de imagemTHINKSTOCK
O que fazer?
Nada muito drástico.
O açúcar do sangue é produzido naturalmente quando digerimos comida, e é uma parte essencial do processo pelo qual o corpo adquire a energia que precisa para funcionar.
Mas ao praticarmos exercícios de forma regular e cortarmos os carboidratos da alimentação podemos evitar niveis altos de açúcar no sangue e as complicações associadas ao envelhecimento da pele.
Caso tenha uma condição médica anterior, como diabetes, consulte o seu médico.