quarta-feira, 30 de julho de 2014

​Quando voltamos ao passado, encontramos uma parte da nossa história que ficou lá.​

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Manoel Machado de Miranda Henriques



João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
Não sei de onde surgiu esse Miranda Henriques. Procuro seu rastro em vários documentos da nossa História. Infelizmente, há muitas lacunas nos registros, que impedem a formação de elos genealógicos. Era casado com Ignácia Francisca de Mello. Em 1817, aparece um filho do casal.  Era José Barbosa de Miranda, que foi batizado no dia 1º de maio daquele ano, tendo como padrinhos Bento Luis Gomes de Mello e Izabel de Barros Cunha. José casou, em São Gonçalo, em 18 de novembro de 1838, com Josefa Joaquina de Moraes, filha natural do capitão Lourenço José de Moraes Navarro e Bernarda Muniz de Souza.
Registramos dois filhos de José Barbosa e de Josefa Joaquina: Maria que nasceu aos 22 de abril de 1840, e foi batizada em 1º de maio do mesmo ano tendo como padrinhos Carlos Joaquim de Moraes Navarro, solteiro e Ignácia Francisca de Mello; e João, que nasceu aos seis de maio de 1843, e foi batizado aos dezessete de julho do mesmo ano, em São Gonçalo, tendo como padrinhos Manoel Machado de Miranda Henriques e Ursulina das Virgens de Miranda Henriques.
Ursulina das Virgens, filha de Manoel Machado e Ignácia Francisca, nasceu aos 25 de fevereiro de 1823, e foi batizada aos 25 de março do mesmo ano, tendo como padrinhos João Gomes Carneiro e sua mulher Joanna Baptista. Em um batismo de 1857, Manoel Machado de Miranda Henriques aparece como padrinho acompanhado da filha Ursulina das Virgens de Miranda Henriques. Nesse mesmo ano, outra filha, Amaraldina Carlota de Miranda Henriques, é madrinha e, seu pai, Manoel Machado, padrinho. Um outro filho de Manoel Machado e Ignácia Francisca era Belarmino Machado de Miranda Henriques.
Ignácia Francisca de Mello deve ter casado muito jovem, pois, 22 anos depois do nascimento de José Barbosa, nascia mais uma filha dela com Manoel Machado: Aos vinte e três de setembro de mil oitocentos e trinta e nove, na Vila de São Gonçalo, de minha licença, o coadjutor Alexandre Ferreira Nobre, batizou solenemente a Filonila, nascida a dez de agosto deste mesmo ano, filha legítima de Manoel Machado de Miranda Henriques e Ignácia Francisca de Mello, brancos e moradores em São Gonçalo, desta Freguesia. Foram padrinhos Manoel Gabriel de Carvalho e Marcolina Florentina Pereira da Silva, moradores nesta.
Com o nome de Philonila Tarquínia de Miranda Henriques, a batizada acima aparece como madrinha de Enéas, aos 28 de julho de 1859, filho legítimo de Manoel Gomes Carneiro e Dona Francisca Xavier de Miranda Henriques. Presente, também, Manoel Theofilo Alves Ribeiro, como padrinho. Talvez, essa Francisca Xavier fosse outra filha de Manoel Machado e Ignácia. Eles foram padrinhos, em 1843, de Manoel, filho de Manoel Gomes Carneiro e Francisca Xavier de Miranda Henriques.
Manoel Machado de Miranda Henriques aparece como cunhado de João Gomes Carneiro e Melo, em uma doação de sesmaria, no ano de 1821. Assim, sua esposa, Ignácia Francisca de Mello, deveria ser irmã desse João Gomes. Observamos, que aos quatro de novembro de 1800, na capela de São Gonçalo da Ribeira do Potigi, João Gomes Carneiro, filho legítimo do lisboeta João Gomes Carneiro, e de Anna Ferreira de Miranda, casou com Maria Thereza de Mello, filha legítima do Alferes Antonio Rodrigues Santiago e de sua mulher D. Ignácia Francisca de Mello (irmã de Bento José, o padrinho de José Barbosa de Miranda).  Talvez João Gomes Carneiro e Mello, e Ignácia Francisca de Mello, esposa de Manoel Machado, fossem filhos desses que casaram em 1800.
Manoel Gomes Carneiro e sua esposa Francisca Xavier de Miranda Henriques foram padrinhos, em 1854, de Martinha, filha de João Gomes Carneiro de Mello e Anna Joaquina Teixeira de Souza, ele de São Gonçalo e ela de Angicos. João Gomes tinha fazenda em Cacimbas do Vianna, hoje pertencente ao município de Porto do Mangue. Esse João Gomes, em alguns registros aparece como João Gomes Carneiro Junior.
Em 10 dez de julho de 1871, João Viterbino Gomes Carneiro, filho de Manoel Gomes Carneiro e Francisca Xavier de Miranda Henrique, casou no Sítio São Joaquim, da Freguesia de Angicos, precedendo dispensa de consanguinidade, com Maria Florentina Carneiro de Mello, filha de João Gomes Carneiro (falecido) e Anna Joaquina Teixeira de Sousa; Uma filha deste último casal, Maria Teixeira de Sousa, nascida em São Gonçalo, casou, em 28 de  novembro de 1861,   com José Odorico da Costa Ferreira, filha de Antonio Martins Wladislau e Anna Teixeira de Sousa, também, em Angicos, houve dispensa de consanguinidade. Outra filha do casal, Francisca Bela Carneiro de Mello, casou com Cosme Teixeira Xavier de Carvalho, meu tio-bisavô.
A relação entre os personagens, acima, com Manoel Machado de Miranda Henriques, somente, será mais precisa, caso apareçam outros documentos ainda não encontrados, como um inventário, por exemplo.

Antonio de Manoel Machado de Miranda Henriques

sexta-feira, 18 de julho de 2014


Estudo descobre semelhança genética entre amigos

Atualizado em  16 de julho, 2014 - 09:08 (Brasília) 12:08 GMT

Amigos (Thinkstock)
Estudo encontrou mesma semelhança no DNA de amigos do que a existente entre primos de quarto grau
Um estudo de uma polêmica dupla de cientistas americanos indica que somos tão parecidos geneticamente com nossos amigos quanto com parentes distantes.
Ao analisar as diferenças entre 2 mil pessoas, recrutadas em uma pequena cidade dos Estados Unidos para um estudo sobre coração, os dois cientistas identificaram que amigos compartilham 0,1% mais DNA, em média, do que pessoas que não se conhecem.
Apesar de pequena, essa similaridade é a mesma encontrada entre primos de quarto grau.
Outros pesquisadores demontraram ceticismo quanto ao estudo, que foi publicado no periódico da Academia Nacional de Ciência americana.
"São decobertas incomuns, e isso normalmente desperta críticas de outros cientistas", disse James Fowler, um dos autores do estudo e professor de Medicina Genética e Política Científica da Universidade da Califórnia, em San Diego.

DNA

Junto com Nicholas Christakis, professor da Universidade Yale, Fowler analisou 500 mil marcadores genéticos do genoma humano, usando dados coletados no estudo sobre coração.
Nesta pesquisa, além de fornecerem amostras de DNA, os participantes indicaram quem eram seus amigos mais próximos.
A dupla de cientistas americanos depois identificou que a similaridade entre o DNA de amigos era ligeiramente maior do que entre estranhos.
No entanto, cientistas questionaram se outros fatores não levaram a estes resultados, como a etnia dos participantes do estudo e outros tipos de "estratificação populacional" - que poderiam fazer com que duas pessoas sejam não apenas mais parecidas geneticamente como também mais propensas a serem amigas.
Evan Charney, da Universidade Duke, já havia criticado outras pesquisas feitas por Fowler e Christakis. Ele diz que esse tipo de análise só funciona se nenhum dos participantes tiver qualquer parentesco entre si, algo difícil de confirmar.
Mas os autores do estudo dizem ter buscado identificar qualquer estratificação populacional ou parentescos em uma amostra menor, de 907 pares de amigos, desta vez comparando 1,5 milhão de marcadores genéticos.
"Excluímos qualquer pessoa que tivesse alguma relação entre si", disse Fowler. "Não queríamos que alguém pensasse que esses resultados eram gerados porque as pessoas eram amigas de seus primos de quarto grau e não haviam nos contado sobre isso."

Outros fatores

Genoma (Thinkstock)
Pesquisadores ressaltaram que outros fatores sociais podem explicar semelhança genética
O estatístico Rory Bowden, palestrante do Wellcome Trust Centre for Human Genetics na Universidade Oxford, também disse ter algumas reservas quanto ao estudo
"Questiono se os métodos levaram mesmo em conta fatores que conhecidamente levam duas pessoas a serem amigas, como frequentar a mesma igreja, praticar os mesmos esportes ou ter as mesmas afinidades culturais. Isso levaria a alguma correlação entre seu genótipos", ele disse.
Charney, da Universidade Duke, ainda aponta que ainda não foi provado que os marcadores genéticos analisados no estudo podem explicar características humanas e comportamentais.
Mas os autores da pesquisa se dizem confiantes em seu trabalho.
"A maioria das pessoas sequer saber quem são seus primos de quarto grau", disse Christakis.
"Ainda assim, entre milhões de possibilidades, escolhemos nossos amigos entre aqueles que têm semelhanças com a gente."

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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Relatório sobre a Coluna Prestes em São Miguel/RN, em1926, autenticado pelo filho de José Guedes do Rego.



Escrito há décadas, o sr. José Guedes do Rêgo,  foi testemunha ocular da presença dos revolucionários da Coluna Prestes/Miguel Costa, em fevereiro de 1926, na cidade de São Miguel, no alto oeste do Rio Grande do Norte. O médico Antonio Guedes do Rêgo, um dos filhos de José Guedes, autenticou uma cópia do relatório que alicerçou a série de  artigos que publicamos no “Jornal de Hoje”, em dezembro de 2013. “Cópia entregue ao jornalista Luiz Gonzaga, após uma entrevista com Luis Carlos Prestes na Assembléia Legislativa, no gabinete do deputado Willy Saldanha. Foi entregue também outra cópia a Prestes. Confere com o original. Outras cópias foram entregues por meu pai José Guedes a Prestes. Natal, 27/06/2014. A) Antonio Guedes do Rego”.
Informações do professor aposentado da UFRN, Geraldo Margela Fernandes, que saudou Luiz Carlos Prestes, no auditório da Reitoria, em 9 de outubro de 1987, asseguram que Prestes passou três dias em Natal, mas que não sabe a data da conferência do Comandante do Estado Maior da Coluna na Assembléia Legislativa, a convite do vice-presidente do PDT/RN, através do professor Waldson Pinheiro. Na ocasião, José Guedes do Rego conversou com Prestes, relembrando a sua passagem por São Miguel,em 1926, época em que Guedes era um rapaz semi-analfabeto e trabalhava no comércio.