quinta-feira, 14 de julho de 2016

UFRN discute a inserção na Rede Memorial do Nordeste
 
(Sirleide Pereira – Ascom-Reitoria/UFRN) - 14.07.2016

A memória institucional, a organização, preservação e disponibilização pública de acervos documentais e museológicos foram alvo de reunião no final da manhã desta quarta-feira, 13, entre a reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Angela Maria Paiva Cruz, e o gerente de Relacionamento da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Álvaro Malagute.

Acompanhados do superintendente de Comunicação, José Zilmar Alves da Costa, e da diretora do Núcleo de Arte Cultura da UFRN, Theodora Alves, ambos acertaram um encontro em agosto próximo, em Natal, para oficializar a inserção da UFRN na Rede Memorial do Nordeste. Coordenador regional da Rede, o professor Marcos Galindo, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na área de memória, confirmou participação pelo telefone. Antes disso, convidou a reitora a participar de evento em Pernambuco, sobre memória institucional.

Acervos e projetos

Com recursos do BNDES e do Banco do Nordeste, a Rede Memorial do Nordeste compartilha informação de forma harmônica entre indivíduos de diferentes regiões, beneficiando a todos. A adesão à Rede Memorial do Nordeste habilita a UFRN a receber recursos públicos voltados para a organização de sua memória social, por meio de digitalização de acervos de imagem e som, arquivos documentais, acervos museológicos e outros.

Atualmente, duas frentes administrativas atuam na linha de memória social da UFRN: a Comissão de Gestão Documental, vinculada à Pró-reitoria de Administração (PROAD), implementando a modernização do Arquivo Geral, e a Coordenação de Ações Culturais, Museológicas e de Memória, da Pró-reitoria de Extensão (PROEX), fomentando discussões para mapeamento de acervos institucionais.

Conforme literatura, “acervos são bens patrimoniais pertencentes ou sob a guarda de um indivíduo ou uma instituição, pelos quais se pode ter acesso a informações valiosas de várias áreas do saber, de forma a preservar a identidade e a memória de uma comunidade”. Entre os grandes acervos pertencentes e/ou sob guarda da UFRN constam o do Museu Câmara Cascudo (MCC), o do Museu do Seridó, no CERES Caicó, o do Núcleo Tecnológico da Seca (NUTSECA), e a massa documental do Arquivo Geral, da TVU e de outros.
Área de anexos

segunda-feira, 11 de julho de 2016

CHAPÉU DE COURO NORDESTINO – IDENTIDADE DE UMA REGIÃO

Autor – Rostand Medeiros

Barro – Ceará/Foto: Rostand Medeiros/2015
Este é um artefato que funciona como verdadeiro distintivo do Nordeste e do nordestino. Creio que talvez não exista um material com um aspecto tão forte em termos de identidade, tão representativo do nosso sertão do que o belo e tradicional chapéu de couro [...]

A pecuária, a criação de gado no interior da atual Região do Nordeste do Brasil foi o primeiro grande fator de geração de renda e permanência do homem nesta região árida. Da atividade de criar o gado se obtinha a carne para alimentação, o leite e em seguida o couro, que era utilizado de diversas maneiras nas propriedades rurais. Em algumas fazendas se desenvolveram rústicos curtumes, que serviram para transformar o couro em mais um meio de geração de renda. Certamente foi nestes locais que se iniciou a tradição da manufatura dos chapéus de couro.

Este tradicional artefato nordestino inicialmente serviu basicamente para fins práticos, principalmente como parte da indumentária de proteção dos vaqueiros [...]

Apesar desta questão, o bom e velho chapéu de couro está firme e forte na cabeça daqueles nordestinos que valorizam a cultura tradicional de sua terra. Até mesmo como símbolo de resistência cultural. E a melhor notícia é que a produção destes belos artefatos está tendo continuidade [...]

- Leia aquio texto na íntegra, na página do historiador e pesquisador Rostand Medeiros.

Os chapéus de meus avós de Caicó

Nesta oportunidade, resgato a história de meus avós maternos Severino e Luzia que passaram toda a vida produzindo chapéus de couro, inicialmente ainda jovens e solteiros na cidade paraibana de São Mamede e já casados foram convidados por um primo para morar em Caicó, por ser uma cidade maior e não existir quem trabalhasse, corriqueiramente, nesse oficio, apenas esse primo que posteriormente se transferiu para Currais Novos. Ou seja, Severino e Luzia Tavares foram, praticamente, os pioneiros na fabricação de chapéu de couro em Caicó, desde o ano de 1932, aonde criaram e educaram seus quatro filhos. Minha avó sempre dizia que aos dez anos de idade começou a costurar chapéu, trabalho que fez com dignidade até se aposentar no final da década de 1960, já viúva, porém vinha mantendo a oficina em sua casa da Rua Augusto Monteiro, centro de Caicó.
  
©2016 www.AssessoRN.com | Jornalista Bosco Araújo - Twitter@AssessoRN

terça-feira, 5 de julho de 2016

terça-feira, 5 de julho de 2016

O casamento de Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com
Alguns livros já estão com suas tintas esmaecidas, o que torna a leitura difícil e nos leva a cometer possíveis erros. Mas, o  importante é obter algumas informações da nossa história.
Vamos ver dois casamentos neste trabalho, ambos de filhas do major Fabrício Gomes Pedroza, realizados no mesmo dia.
Aos nove de dezembro de 1851, feitas as denunciações e não constando impedimento, na presença das testemunhas Francisco Tavares Pessoa de Araújo, e Francisco Pedro Bandeira de Melo, no Oratório do Major Fabrício Gomes Pedroza, casei Juxt, Trid. Amaro Barreto de Albuquerque, natural de Nazareth, filho legítimo de Pedro Velho Barreto e Izabel da Câmara de Albuquerque Maranhão, com Feliciana Maria da Silva Pedroza, natural de Brejo de Areia, vinda para esta Freguesia de menor idade, filha legítima do major Fabrício Gomes Pedroza e Dona Maria da Silva e Vasconcellos, já falecida, os contraentes são moradores nesta Freguesia, e logo dei as bênçãos na forma do Ritual Romano. E para constar fiz este assento em que assino. Bartholomeu da Rocha Fagundes, Vigário Colado.
Aos nove de Dezembro de 1851, feitas as denunciações e não constando impedimento, na presença das testemunhas  José Tavares Pessoa de Araújo e João Evangelista de Vasconcellos Lima, no Oratório do major Fabrício Gomes Pedroza, casei Juxt, Trid.  Francisco Tavares Pessoa de Araújo Junior, natural da Freguesia de Tracunhaém, filho legítimo de Francisco Tavares Pessoa de Araújo e D. Maria da Silva de Vasconcelos, com D. Maria Militina da Silva Pedroza, natural da Serra de Coité, vinda para esta Freguesia de menor idade, e nela moradora, filha legítima do major Fabrício Gomes Pedroza e D. Maria da Silva Vasconcellos. E logo dei as bênçãos na forma do Ritual Romano. E para constar fiz este assento em que assinei. Bartholomeu da Rocha Fagundes.

Amaro foi contemplado com um privilégio para uma Fábrica de Tecidos, conforme a imagem a seguir.

 

segunda-feira, 4 de julho de 2016

O batismo de Pedro Velho

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Pedro Velho (de Albuquerque Maranhão) é nome de município e de praça. Era médico e Governou nosso estado. Vez por outra, encontro um registro perdido, principalmente de batismo, em livros da Igreja. Foi por acaso que encontrei o batismo dele.
Aos vinte e seis de junho de 1857, na Capela do Engenho Jundiaí, batizei solenemente a Pedro, nascido a vinte e sete de novembro do ano próximo passado, filho legítimo de Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão e D. Feliciana Maria da Silva e Albuquerque, brancos, moradores nesta Freguesia; foram padrinhos Francisco Gomes Pedroza e Dona Maria da Cruz Pedroza. E para constar fiz este assento em que me assino. Bartholomeu da Rocha Vieira. Vigário Colado.

Feliciana era filha de Fabrício Gomes Pedroza. Este casou três vezes, sendo uma delas com uma irmã de Amaro Barreto.

Que destino teve a Capela de Jundiaí?

quarta-feira, 29 de junho de 2016

O Ajudante Bernardo Alves Conceição Rabello, Angicos

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Um dos genros do Tenente Antonio Lopes Viegas, lá de Angicos, era Bernardo Alves da Conceição Rabello, casado com Maria Francisca.  Em 1827, Antonio Bernardo Alves, filho de Bernardo Alves e de Maria Francisca, casou com a prima legítima, Joaquina Maria da Conceição, filha do alferes Antonio Lopes Viegas e Francisca Pereira.  Nessa data, Bernardo era falecido, e sua esposa Maria Francisca só veio a falecer em 1877, com a idade de 96 anos. Através do Projeto Resgate, foi possível encontrar uma carta patente de Ajudante, lá em Assú.

José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, Cavaleiro Professo na Ordem de Christo, Sargento-mor de Infantaria, Capitão-mor, Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, por sua Majestade Real, que Deus Guarde, o Príncipe Regente Nosso Senhor &. Faço saber em quem esta carta patente virem, que havendo respeito  a Bernardo Alves da Conceição Rabello ser proposto pelo capitão-mor das Ordenanças da Vila da Princesa, para exercer o posto de Ajudante das mesmas Ordenanças, e por esperar dele, que nas obrigações do Real Serviço se haverá muito com deve a boa confiança que faço de sua pessoa e conformando-me com a proposta do dito capitão-mor, hei por bem  na conformidade da Ordem Régia de 22 de dezembro de mil setecentos e quinze, nomear, como por esta nomeio, ao dito Bernardo Alves da Conceição Rabello, no posto de Ajudante das Ordenanças da Vila da Princesa de que é capitão-mor Antonio Correa de Araújo Furtado, que se acha vago desde a criação deste corpo, e com o qual posto não haverá soldo algum, mas, servindo como deve, gozará de todas as graças, liberdades, privilégios e isenções de que gozam os Ajudantes de Tropas Pagas, na forma que determina  a Carta Régia de 22 de março de 1766 /não obstante o Decreto de 1706/ que o contrário dispõe, e será obrigado a requerer a Sua Alteza Real, pelo seu Tribunal do Conselho Ultramarino a confirmação desta patente dentro de um ano, contado da data deste e não apresentando dentro do referido Termo ou Certidão de a haver entregue na Secretaria do dito Conselho, se lhe dará baixa do posto, na forma que determina a Ordem Régia de 28 de maio de 1795, pelo que ordeno ao dito Capitão-mor por tal o reconheça, honre, e estime, conferindo-lhe a posse e juramento de estilo, do que fará assento nas costa deste, e aos oficiais, e soldados e os subordinados lhe obedeçam e cumpram as suas ordens, relativas ao Real  Serviço, como deve e são obrigados. Em firmeza do que lhe mandei passar a presente por mim assinada e selada com o sinete de minhas armas, que se registrará na Secretaria deste Governo, Vedoria desta Capitania, e Câmara ativa, donde se lhe assentará praça na forma de estilo. Dada na Vila da Princesa e Capitania do Rio Grande do Norte aos três de julho do ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e seis. Joze Rebello de Souza que serve de Secretário de Governo a  fez. Joze Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque.



Tenente João Manoel da Costa, meu pentavô

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com

Eu já tinha encontrado, anteriormente, uma carta patente de alferes para meu pentavô Francisco Xavier da Cruz, vaga que era ocupada por João Manoel da Costa, outro meu pentavô, seu irmão, que passou a tenente. Mas, esta última patente de João Manoel não tinha localizado. Agora, encontrei e posto aqui. 

Dom Thomas José de Mello do Conselho de sua Majestade Fidelíssima, Cavaleiro da Sagrada Religião de Malta, Chefe de Esquadra de Armada Real, Governador e Capitão General de Pernambuco, Paraíba, e mais Capitanias anexas, &. Faço saber aos que esta carta patente virem, que havendo respeito a João Manoel da Costa se achar exercendo com honra, prontidão e zelo do Real Serviço o posto de Alferes de uma das Companhias do Regimento de Cavalaria Auxiliar da Vila da Princesa, de que é Coronel Manoel José de Faria; e por esperar dele que daqui por diante nas obrigações do Real Serviço se haverá da mesma sorte, e muito como deve a boa confiança que faço de sua pessoa. Hei por bem na conformidade da Real Ordem de 24 de março do corrente ano, e do decreto de 7 de agosto de 1796, nomear / como por esta nomeio / ao dito João Manoel da Costa no posto de Tenente da Companhia do Capitão Luiz José de Araújo Picado, uma das do Regimento de Cavalaria Auxiliar da dita Vila da Princesa, de que é Coronel Manoel José de Faria, que vagou por passar a Capitão do mesmo Regimento José Carlos Vidal de Carvalho, que o exercia, com o qual posto não haverá soldo algum, mas gozará de todas as honras, graças, franquezas, liberdades, privilégios e isenções, do que gozam os tenentes de Tropas Pagas, na forma do que determina a Carta Régia de 22 de março de 1766, não obstante o decreto do ano de 1706 que o contrário dispõe; e será obrigado a requerer a Sua Majestade pelo Tribunal do Conselho Ultramarino a confirmação desta patente dentro de dois anos contados da data deste, e não apresentando, na data, termo ou certidão de haver entregue esta patente na Secretaria  do dito Conselho se lhe dará baixa do posto na forma que determina a Real Ordem de 28 de maio de 1795. Pelo que ordeno ao Capitão-Mor, Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, e dito Coronel, por tal o reconheçam honrem, e estimem, conferindo-lhe segundo o prosseguimento de estilo. Em firmeza do que lhe mandei passar a presente por mim assinado e selado com o sinete de minhas armas, que se registrará na Secretaria deste Governo, e Vedoria do Rio Grande do Norte, e donde se lhe assentará praça, na forma de estilo. Dada no Recife de Pernambuco aos dezesseis de novembro. José Fernandes Quintela, oficial maior da Secretaria  de Governo a fez. Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e noventa e sete//Dom Antonio Pio de Lucena e Castro, Secretário de Governo a fez escrever. D. Thomaz José de Mello.