sábado, 30 de março de 2013

Atenção curraisnovenses: um artigo de Cortez Pereira, neto de Marica Pegado Cortez.



Por considerar oportuno, publicamos hoje um depoimento escrito do ex-governador Cortez Pereira, na década de 80, para uma reportagem que o extinto O POTI, de Natal, publicou sobre a seca no Rio Grande do Norte. Não me lembro da data que ele me entregou quatro folhas de papel almaço contendo as suas opiniões e idéias sobre o semi-árido potiguar, a pouca inteligência dos governantes do Rio Sem Sorte, desde o período colonial, para enfrentar os nossos problemas. As quatro folhas, manuscritas com caneta esferográfica, com tinta azul e sem assinaturas, estão comigo. Recentemente, um artigo de Albimar Furtado, publicado no NOVO JORNAL, de Natal, fez-me lembrar um trecho da entrevista do sábio Cortez Pereira, há uns 30 anos: "Digo que seca não é a nossa terra, mas a inteligência dos que nos governam desde a era colonial".  Abaixo, a transcrição do texto de Cortez Pereira, filho de Olindina Cortez Pereira e Vivaldo Pereira de Araújo, neto Manoel Pegado Cortez e Maria Senhorinha Dantas Cortez-"Marica Pegado".



Cortez Pereira e a esposa Aída Ramalho Pereira de Araújo. Fonte: Google.






José Cortez Pereira de Araújo*

-Nossa pobreza não decorre das secas, nem da escassez de terras férteis, muito menos do clima. Ela se origina nas múltiplas atividades econômicas que formam nossa agricultura, inadequada às condições e circunstâncias do Nordeste. Nossas atividades agrícolas são contrárias à natureza, são anti-ecológicas, as chuvas irregulares, a alta temperatura, o excesso de luz tudo aqui cultiva culturas arbóreas, perenes e nós fazemos, no Nordeste, exatamente o contrário.
-O Seridó é a maior demonstração do acerto contido na expressão que tenho repetido várias vezes: nós não temos fatores adversos e sim atividades adversárias dos fatores.
Não há, em todo o Nordeste, uma região mais árida do que o Seridó (vértice de aridez 3.3), nem mais quente (até 60°nos afloramentos da rocha), nem com maior luminosidade (quase 3.000 horas/sol/ano), cujos solos sejam tão rasos, secos e erodidos e, no entanto, o nível de vida povo é muito superior ao das populações do fértil e chuvoso Maranhão.
-Tudo começou, como começam sempre a história de todas as gentes, pelas atividades primárias, pelo que se faz o homem sobre a terra. Foi a atividade compatível com a natureza que ajudou o homem melhorar a sua vida.O Seridó começou com os currais, as fazendas de gado, as barragens submersas, as vazantes nos leitos dos rios, os açudes médios e pequenos. Guimarães Duque escreveu que era o seridoense quem sabia melhor aproveitar a pouca e irregular água que caía Nordeste. E foi assim que a pecuária se tornou suporte econômico e alimentar com carne, leite e queijo o homem do seridó.

-O clima tornou saudável a pecuária do Seridó e a imaginação do homem criou os meios para se conviver coma seca.
A outra grande atividade econômica da região não precisou, sequer, de ajuda, porque ela já era a própria natureza, no xerofilismo do algodão mocó. Cultura arbórea, perene, o nosso algodão casava com o clima seco para melhorara sua fibra longa. O solo semi-àrido era sua condição ótima para vegetar e produzir. Plantasse o algodão seridó nas terras férteis dos vales úmidos, que a rejeição o faria amarelar, amofinar, com saudade da terra seca, da quentura infernal do meio-dia e das noites sem orvalhos.
-Nos sertões do Nordeste, em nenhum outro lugar, elevou-se tanto o nível social do povo, quando no Seridó. Um dos sintomas dessa realidade foi a liderança da Região em relação ao Estado, desde o primeiro Presidente da Província Tomás de Araújo Pereira. Para se sentir a força dessa influência, basta lembrar os nomes de Brito Guerra, José Bernardo, Juvenal Lamartine, Pe. João Maria, Dinarte Mariz e Monsenhor Walfredo Gurgel.
-O nível social alcançado explica a projeção dos seus homens e ambos os fenômenos são explicados pelo desenvolvimento econômico da Região. Esse desenvolvimento econômico só foi possível porque as duas históricas atividades primárias, harmonisavam-se com a natureza, apoiavam-se nela.
-Agora, outro aspecto interessante do assunto: o binômio algodão X boi se complementa, se integra e, assim, potencializam-se recíprocamente. Os campos de algodão, depois da colheita, viram cercados de solta e a praga remanescente é destruída pelo gado, que muito deixa  nos roçados. Tem mais, a cultura do algodão produziu, também, a torta, ou simplesmente o caroço que era o rico alimento proteico dos meses secos e dos anos mais secos.
O Seridó era uma harmonia de trabalho produtivo!
Um outro fato econômico que ocorreu no velho Seridó, eu acho sensacional. Em nenhum outro lugar do Brasil, com a mesma intensidade, aconteceu coisa parecida. Foi como que um planejamento “espontâneo”, nascudo da intuição, que  desenvolveu a atividade agrícola na complementação industrial, com a industria rudimentar situada na própria areada produção da matéria prima. Refiro-me aos descaroçadores de algodão, às tradicionais “bulandeiros” que se situavam nos sítios e nas fazendas, criando , naquele tempo, a agro-industria-rural, que os mais modernos planejadores do Terceiro Mundo apontam, hoje, como a grande solução de quase todos os nossos problemas.
-A agro-indústria –rural integra os dois grandes setores de produção e transformação econômicas, com a grande vantagem de, situando-se no campo, permitir o natural êxodo agrícola, evitando o êxodo rural. Só assim, supera-se o grande, o imenso problema do alto custo social das cidades “inchadas”. Pois bem, tudo isso já existiu no Seridó do passado. Certa vez,  em encontro de políticos importantes e até Ministros, eu destaquei esta originalidade genial, quando um deputado federal do Seridó, sem entender o sentido da coisa, condenou o fenômeno sob a crítica de que o meu pai teria sido – como foi – um desses agro-industriais...
- Este pedaço do Brasil chamado Seridó, precisa um estudo sociológico profundo para se tentar conhecer as raízes da sua vida, do seu comportamento e reações. Contam que o primeiro, ou um dos primeiros açudes do Nordeste teria sido  feito em Caicó. Um preto patriarca, responsável pelo grande feito, pedira ao missionário alemão que pregava missões na “Vila do Príncipe” para abençoar a novidade, o açude. Quando o frade viu que se tratava de contrariar a vontade de Deus que fizera os rios para devolver ao mar as águas que sobravam da terra, amaldiçoou o velho Terêncio (que se suicidou) e sua família, até a 3ª geração. Agora, a grande lição: desde então Caicó não deixou mais de fazer açudes e nenhum outro município do Nordeste tem mais açudes do que lá.
-O Seridó tem projeção no Brasil, na época da guerra, pelo grande produção de tugstênio  e outros minérios. Do sub-solo da Região tiram-se muitas matérias primas com as quais é feito o desenvolvimento dos países avançados: capacitores eletrônicos, turbinas de aviões a jato, naves espaciais, reatores nucleares, etc.
-Agora mesmo é o ouro e o ferro que reaparecem na nossa pauta de produção, mostrando a riqueza diversificada do Seridó.
- Uma vez, pelo menos, eu não fui bem entendido, quando responsabilizo o governo como o grande “vilão” na história sem lógica da pobreza do Nordeste. Digo que seca não é a nossa terra, mas a inteligência dos que nos governam. Isto desde a era colonial, quando os portugueses nos ensinaram a cultivar o que faziam na Europa e que não podia dar certo aqui, no Nordeste, que não tem nada parecido com Europa. E o pior,  de lá para cá, os que nos governam não foram sensíveis a fazer uma reformulação de nossas atividades econômicas e, mais grave ainda, não souberam sequer conservar o que se fazia acertadamente, aqui. Exemplo: o algodão mocó. O “bicudo”, apenas deu o tiro de misericórdia. O velho algodão mocó começou a morrer quando o crédito oficial (o Governo) chegou por aqui, aplicando suas normas feitas para o algodão anual de S. Paulo e Paraná.

O financiamento teria de ser pago no mesmo ano e o seridoense, para escapar, plantava entre as fileiras do algodão arbóreo o outro algodão anual, o “rasga letra”, que daria condição de pagamento anual, mas que foi hibridando, misturando-se geneticamente, até fazer desaparecer o patrimônio fantástico do velho algodão mocó.
*José Cortez Pereira de Araújo foi político, professor e ex-governador do Rio Grande do Norte (1970-1974)

sexta-feira, 22 de março de 2013

Que tal um encontrão dos descendentes, parentes, amigos das famílias que estão enfocadas neste blogue? Onde, como e quando? Eis as questões prévias. Na cidade ou num sítio de Currais Novos?

Carissimos (as).

Cleando Cortez Gomes Filho, residente em Assu/RN, idealizou e eu
concordei com a idéia: um encontrão das famílias que possam se reunir
em Currais Novos ou em outro local que a maioria escolher, com o
objetivo de se conhecerem.
Para a concretização desse objetivo, pedimos a colaboração dos nossos
familiares, parentes de todos os graus (primos, primas, netos,
.bisnetos, irmãos, irmãs, sobrinhos, sobrinhas,etc) de nossos
antepassados, como, por exemplos, Maria Senhorinha Dantas Pegado
Cortez-Marica Pegado, Ana Cortez Gomes- Nanú, Alfredo Dantas Pegado
Cortez- "Tio Alfredo", José Gomes de Melo Júnior, Everton Dantas
Cortez,Othon Osório de Barros, Olavo Dantas Cortez-Maria Anísia
Cortez-Pepita ( a lista é grande), dentre outros, e seus descendentes,
residentes no RN ou em outros Estados e no estrangeiro.
Temos que escolher local, data, custos e apoio logístico.
Contamos com a participação de todos os parentes. Quem concordar,
favor entrar em contacto conosco, por imeio ou telefone.
Att.
Fotos 1: Maria Senhorinha Dantas Pegado Cortez. À Direita, Ana Cortez Gomes - Madrinha Nanú.

sábado, 16 de março de 2013

De Paris, professor-doutor curraisnovense, informa sobre os Pegado Cortez de Pernambuco.






Povo do Recife homenageou o grande poeta Mauro Motta com obra de arte. Fonte: Google.


  No dia 9 de fevereiro passado, recebi este imeio do curraisnovense Roberto M. Cortez Motta, há muitos anos ausente do Rio Grande Norte, manda algumas informações sobre os Pegado Cortez e Siqueira Cortez, oriundos de Pernambuco. Roberto é doutor em antropologia e professor da Universidade Federal de Pernambuco. Eis o texto:


Meu Primo: Estou em Paris sentindo muito frio (mas adoro esta cidade) e seu email me transportou a minhas origens no Sertão quentíssimo do Rio Grande do Norte. Você e eu somos parentes colaterais, que é o mínimo que posso dizer. Quando muito jovem, correspondi-me com nosso parente João Alfredo Pegado Cortez. Não creio que ele tenha chegado a escrever em forma de livro. Mas me mandou uns papéis aparentemente fidedignos, os quais, meu primo, para vergonha minha, estão perdidos dentro de meus arquivos no Recife. Simplificando, simplificando, de vez em quando eu encontro parentes do Rio Grande do Norte. Mas, pelo lado Pegado Cortez, somos de tronco pernambucano. Nossos antepassados, subindo o curso dos rios, entraram no Rio Grande do Norte, botando currais e tomsndo as terras dos Índios e com estes se misturando, entre o XVII e o XVIII. Desconfio que tomaram parte ativa na chamada "Guerra dos Bárbaros " ou "Guerras dos Janduins" (ou coisa assim). O que eu sei está no attachment a este email. Preste atenção ao livro do nosso do nosso parente Maia, que menciono no attachment, embora nessas coisas, quero dizer, em matéria de genealogia, devemos avançar com muito cuidado. Logo se criam muitos mitos, inclusive o que nos faria descender do conquistador do México, Hernán Cortés (ou coisa assim), o qual, como dizia um contemporâneo, por muito favor era cristão velho.
Enfim, Cortezes de todos os estados e países (temos muito primos aqui em França e nos Estados Unidos) uni-vos para que melhor vos conheçais. (Será que esta forma verbal existe?) Mantenhamos contacto! Seu primo em enésimo grau, Roberto Mauro Cortez Motta.



Antecedentes de Meu Avô
“O avô de fraque, a avó entre os jacarandás, o neto, de qualquer peraltice capaz, desta inclusive de mexer nas coisas mortas.” [1]
Meu avô, Natanael Pegado Siqueira Cortez (1889, Açu, Rio Grande do Norte; 1967, Fortaleza) teve certa importância como líder da Igreja Presbiteriana, até em plano nacional, além de algum destaque na vida da Província, existindo bibliografia a seu respeito. Ele próprio também escreveu muitos trabalhos, sermões ou artigos de circunstância, às vezes de polêmica religiosa, dos quais devo ter grande parte. Para escrever estes comentários, eu mais do que folheei essa bibliografia. Dela se depreende um relato entre heróico e hagiográfico. Natanael era filho de Ismael Pegado Siqueira Cortez e de Umbelina Alves, dele em segundo casamento, dela em primeiro.  Ismael pode ter nascido uns 30 anos antes do filho, isto é por volta de 1860. Os Cortez deviam ser gente abastada. Um parente nosso, João Maia Nogueira, escreveu um livro intitulado Uma Fresta no Tempo: Historiografia das Famílias Maia, Lima Verde, Varela Cortez, Guedes Alcoforado, Nogueira de Castro e Teixeira Mendes, impresso em Fortaleza no ano de 2007. Em determinado trecho, o autor, com o qual eu tenho pelo menos um trisavô em comum (mas acho que mais), alude a um João Pegado Siqueira Cortez, que teria vivido em Pernambuco no século XVIII, sendo mencionado por Borges da Fonseca na Nobiliarquia Pernambucana. Este João Pegado I teria sido, de acordo com o primo, avô, mas avô materno, de outro João Pegado.[2] Este último, se tivesse o sobrenome do pai, se chamaria João Cavalcanti Sá e eu seria Roberto Mauro Sá Motta,[3] o que eu acho muito inferior a Roberto Mauro Cortez Motta.[4]
Entrou sangue índio na ascendência de Natanael, em parte, como quero imaginar, proveniente da Catarina, filha extramatrimonial, mas reconhecida, de Jerônimo de Albuquerque com a índia Maria do Espírito Santo Arcoverde, casada em justas núpcias com o florentino Filipe Cavalcanti.[5] Mas também podia provir de tapuias, “caçadas a dente de cachorro”, como se diz no sertão de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Meu avô era fundamentalmente branco, embora, quando bem observado, se notasse o sangue índio. De uma de suas irmãs por parte de pai e mãe, Júlia, da qual tenho mais de um retrato em meus arquivos, não sei com absoluta certeza se, em matéria de sangue não europeu, tinha só indígena.[6]   





[1] Mauro Mota, Soneto Muito Passadista na Ponte da Madalena.
[2] É possível que João Pegado I, além de avô, fosse padrinho de João Pegado II.
[3] Meu avô, sem a menor dúvida, tinha consciência de sua origem e posição de classe social. Isto não significa que conhecesse detalhes genealógicos. É verdade que, entrando pela ficção, podia, não digo reivindicar, mas admitir Hernán Cortés como antepassado. Porém Nobiliarquia Pernambucana, Albuquerques, Cavalcantis, Maria do Espírito Santo, Dona Catarina, de nada disso meu avô tinha consciência nem com isso se importava. Mas se orgulhava de ter um neto americano que descendia da índia Pocahontas, antepassada das melhores famílias da Virgínia e vizinhança. 
[4] Eu sei que Cortez ou Cortês é nome de vila em Portugal (Vila Cortês do Mondego, Vila Cortês da Serra e talvez outras, já me tendo também constado que houvesse uma aldeia com tal nome, situada perto de Aveiro), além de ser o nome de uma farmácia em Lisboa, na Rua do Ouro ou perto. Nesta farmácia eu estive em março de 2012 (hoje é o dia 31 desse mês e estou no Recife desde o dia 5). Perguntei, muito cortêsmente, por que a farmácia se chamava “Cortez”. Uma senhora, com ar de proprietária, me disse que os donos atuais não têm nada a ver com alguma família Cortez. O nome já seria o mesmo no século XIX. A conversa foi amável e eu terminei com a ameaça jocosa de que iria fazer um processo para reaver minha herança. Cortés (ou Cortès) é nome típico de Cristão-Novo (Xueta) em Maiorca. Consta igualmente que Cortez, Cortês, Cortès ou assemelhados são nomes típicos de Ciganos em Portugal e Espanha. (Mas Courtès, Courtois, Cortese e parecidos são comuns, entre gente que não é nem judia nem cigana, na França e na Itália.) Procurando, encontra-se muita gente com sobrenome Cortês ou Cortez em Portugal e no Brasil. No momento mesmo em que revejo esta nota, o “Google”, que eu naturalmente consultei, está cheio da história de um jogador de futebol que mudou o “nome artístico” (baseado em sobrenome real) de Cortês para Cortez. Cortez é grafia portuguesa arcaica de Cortês, do mesmo jeito que até talvez os anos trinta do século XX, escrevia-se “portuguez”, “francez” e “inglez”, sem risco de castelhanismo. Hernán Cortés, o conquistador do México, não é necessariamente cognato de Natanael, embora este, quando eu tinha uns oito anos, respondendo a uma pergunta que lhe fiz (minha curiosidade histórica vem de longe), admitiu, um tanto sotto voce, que descendíamos desse grande capitão.
[5] Esse Jerônimo de Albuquerque (1510-1584), muito conhecido de historiadores e genealogistas especializados, português muitas vezes denominado “o Adão Pernambucano”, era irmão de Dona Brites de Albuquerque, casada que foi com o primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho Pereira. É também antepassado, provavelmente várias vezes (e, pelo menos uma vez, através da filha Catarina), de meu pai
[6] Talvez tia Júlia tivesse apenas feito um “permanente” no cabelo.

quinta-feira, 14 de março de 2013

ORMUZ APÓIA UNIVERSIDADE NO SERIDÓ POTIGUAR.


INSTITUTO NORTE-RIOGRANDENSE DE GENEALOGIA – INRG
NOTA DE APOIO
O INSTITUTO NORTE-RIOGRANDENSE DE GENEALOGIA – INRG vem se associar à Cruzada que postula a criação da UNIVERSIDADE FEDERAL DO SERIDÓ, capitaneada por líderes religiosos, políticos, empresários e entidades culturais do Seridó.
O pleito será encaminhado à bancada do nosso Estado e à Augusta Assembleia Legislativa, que realizará no dia 15 próximo uma audiência pública.
Esta entidade estadual que promove estudos sobre Genealogia conta em seus quadros com expressivo contingente de Seridoenses, os quais têm se destacado pela seriedade nas pesquisas realizadas nesse campo.
Desnecessário dizer o pujante desempenho de figuras históricas do Seridó no desenvolvimento político, econômico e cultural da Região, a destacar as figuras singulares do Padre João Maria de Brito e seu extraordinário irmão Amaro Cavalcanti, no passado e, até pouco tempo, o consagrado pesquisador Olavo Medeiros Filho.
Pelas suas diversidades geológicas, econômicas e sociológicas se impõe um tratamento diversificado, tornando legítimo o pleito de autonomia universitária.
Contem os Seridoenses com o apoio incondicional dos Genealogistas do Rio Grande do Norte para a persecução desse ideário.

Natal, 12 de março de 2013
ORMUZ BARBALHO SIMONETTI
Presidente

E os descendentes do Barão de Araruna, de Bananeiras/PB, onde estão? Pertinho de Currais Novos, em Santa Cruz. Sabiam?


Batismo de Luiz Gonzaga de Britto Guerra, Barão do Assú

A respeito do Barão de Araruna, com descendentes em Currais Novos, Acari e Santa Cruz, além de Natal, a maior autoridade é o pesquisador Ormuz Barbalho Simonetti, presidente do Instituto Norteriograndense de Genealogia.
Em Santa Cruz, há famílias como os Farias (com "S"), Umbelino Gomes; em Currais Novos, os Gomes de Melo, Gomes Cortez, etc.



Por João Felipe da Trindade

Vez por outra, encontro registros que não foram lançados antes, ou lançados em livro não apropriado. Em um dos livros de batismos da Freguesia de São João Batista do Assú, encontrei entre os registros do ano de 1832, o lançamento do batismo do Barão do Assú, Luiz Gonzaga de Brito Guerra, que transcrevo para cá, e ao mesmo tempo, copio sua imagem neste blog.


Luis, filho de Simão de Brito Guerra e Dona Maria Magdalena de Medeiros, esta natural do Seridó, e aquele natural do Assú, freguesia e São João Batista , nasceu a vinte e sete de setembro de mil oitocentos e dezoito, e foi batizado pelo Padre Manoel Fernandes Pimenta, de licença do Reverendo Vigário Antonio de Souza Monteiro a oito de outubro do dito ano, na capela de Santa Ana do Campo Grande, e lhe conferiu os sagrados óleos; foram padrinhos Joaquim Medeiros Dantas e Anna Joaquin de Medeiros, solteiros moradores estes no Seridó, e aqueles desta freguesia do Assú. E por não ter sido lançado, o lancei eu para constar e me assinei. Joaquim José de Santa Ana, pároco do Assú.

Batismo do Barão do Assú

Mulungu, em Currais Novos, foi de um Thomaz Pereira?


Descendentes de Thomaz de Araújo Pereira em Florânia

João Felipe Trindade.
Descendentes de Thomaz Araujo Pereira em Florânia
Quando escrevi o livro "Servatis ex more Servandis"  não tinha visto os registros da Igreja relativos à Florania. A parte referente ao meu bisavô Alexandre Garcia da Cruz retirei, como dito lá, do livro editado, em 1982, pela Fundação José Augusto, cujo título é "Florânia". Agora, fui surpreendido por um  colega de pesquisa  com novas informações que ele descobriu nos arquivos da Igreja, lá em Florania. Vejam o que estava escrito no livro da Fundação e que transcrevi para meu livro.
"Ainda no século passado, chegava a Florânia, vindo de Bananeiras (Pb), Lourenço da Rocha. Casou-se com Dona Maria Rosa da Rocha. Não foi possível saber todos os filhos nascidos do casal, apenas os quatro que cresceram, casaram e continuaram desenvolvendo a Família". Cita quatro filhos do casal: Manoel Rodrigues da Cruz, Joaquim Theodoro da Cruz, Pacífico Theodoro da Cruz e Alexandre Theodoro da Cruz.
Pois bem, há novas informações a partir de registros  encontrados lá em Florânia. Vejamos os novos dados.
Joaquim Teodoro da Cruz casou, em 28 de novembro de 1848, com Rita Joaquina de Medeiros. Ele nasceu em 9 de novembro de 1828 e foi batizado aos 13 do mesmo mês e ano, sendo seus padrinhos Manoel Batista dos Santos e sua mulher Maria Madalena de Jesus. Era filho de Thomaz Lourenço da Cruz e de sua mulher Maria Rosa do Nascimento. Rita Joaquina nasceu e foi batizada no ano de 1832, sendo os padrinhos Inácio José Ribeiro e Josefa Carolina de Medeiros. Era filha de Alexandre Garcia do Amaral, nascido por volta de 1801 e falecido em 24 de julho de 1887, com a idade de 86 anos, e de Maria Angélica do Rosário, nascida por volta de 1809 e falecida em 21 de setembro de 1887, com a idade de 78 anos.
Assim, no lugar de Lourenço da Rocha e Maria Rosa da Rocha, temos agora, Thomaz Lourenço da Cruz e Maria Rosa do Nascimento, como os pais de Manoel Rodrigues da Cruz, Joaquim Theodoro da Cruz, Pacífico Theodoro da Cruz e Alexandre Theodoro da Cruz.  Do livro "Velhas famílias do Seridó", de Olavo Medeiros Filho,  tiramos algumas informações complementares.
Thomaz Lourenço da Cruz era filho de José Garcia de Sá Barroso e de Ana Gertrudes de Santa Rita, neto paterno do Coronel Antonio Garcia de Sá Barroso, natural do Recife, e de Ana Lins de Vasconcelos, do Estado da Paraíba, e neto materno de Tomaz de Araújo Pereira (2º do nome), e de Tereza de Jesus Maria.
Maria Rosa do Nascimento era filha de Manoel Rodrigues da Cruz e de Tereza Maria José, neta paterna de Francisco Cardoso dos Santos e de Tereza Lins de Vasconcelos, e neta materna de Tomaz de Araujo Pereira (2º do nome), e de Tereza de Jesus Maria, bisneta materna através do avô, do casal Tomaz de Araújo Pereira, o 1° do nome, natural de Portugal, e de Maria da Conceição de Mendonça, e bisneta materna, através da avó, do casal Rodrigo de Medeiros Rocha, natural de Portugal, e de Apolônia Barbosa, natural da Freguesia de Mamanguape.
Meu bisavô, Alexandre Garcia da Cruz, que veio de Florânia para Angicos, era filho de Manoel Rodrigues da Cruz, e Inácia Maria da Conceição (1ª esposa). Manoel, pelas novas informações era  filho de Thomaz Lourenço da Cruz e Maria Rosa do Nascimento. Portanto, Alexandre Garcia da Cruz, também, descendia de Thomaz de Araujo Pereira. A seguir, a partir de registros encontrados,  os batismos de Manoel Rodrigues da Cruz e mais 4 irmãos: Thereza, Thomas, Claudina e Guilhermina.
Manoel nasceu em 7 de fevereiro de 1830, e foi batizado em 10 do mesmo mês e ano, pelo padre Manoel Cassiano da Costa Pereira, na Fazenda Quimporó; Thereza  nasceu em 8 de julho de 1815 e foi batizada em 16 de agosto do mesmo ano, na Fazenda Mulungu; Thomaz nasceu em 23 de fevereiro de 1818 e foi batizado em 19 de abril do mesmo ano, na Fazenda Mulungu; Claudina  nasceu em 6 de junho de 1825, e foi   batizada em 24 de julho do mesmo ano, na Matriz; Guilhermina nasceu em 27 de abril e foi batizada em 24 de maio de 1827, na Matriz.
Foi encontrado outro filho de Thomaz Lourenço da Cruz  e Maria Rosa do Nascimento,  Ignácio Rodrigues da Cruz que casou, em 22 de setembro de 1843, com Izabel Francisca de Medeiros, viúva de José Pereira Bolcont.
O Tenente Laurentino, que dá nome a um município do Rio Grande do Norte, era filho de Joaquim Theodoro da Cruz e Maria Rosa do Nascimento, portanto descende de Thomaz de Araujo Pereira. Ana Olindina Bezerra Cavalcante (tia Nana, que morava aqui no Barro Vermelho), 3ª esposa de Pacífico Clementino de Medeiros, era filha de Manoel Rodrigues da Cruz com Umbelina Bezerra Cavalcante (2ª esposa). Ana Olindina descendia também de Thomaz de Araujo Pereira.

2 comentários:

  1. Em que ano nasceu THOMAZ ARAUJO PEREIRA?
    Mulungu é o Sitio que fica perto de CURRAIS NOVOS?
    Ana Maria Cortez
    Responder
  2. Prezado amigo... Bom Dia. Peço gentileza se souberes me informar mesma via nomes datas nascimento/óbito dos filhos de Tomás Araújo Pereira (3º) [*1765+1847] e D. Tereza de Jesus Barroso [*17 ? + ?] para fins de trabalho "historico Familiar" uma grande abraço Filadelfo Venâncio da Fonseca Neto. contato fonsecafiladelfo@gmail.com