quinta-feira, 2 de julho de 2015

A saga de Expedito Mariano de Azevedo - Expedito Bolão.

Amigo(a) bom dia.
Encaminho esta matéria do jornal Gazeta do Oeste, para externar a minha admiração, amizade e respeito por este cidadão chamado Expedito Mariano de Azevedo, mais conhecido por EXPEDITO BOLÃO. Uma figura inteligente, sagaz, bem humorado e amigo, com a qual tive o privilégio de cumprir um mandato de vereador na cidade de Mossoró (1983/1988), e, mais que isso, consolidar uma amizade que sempre se solidifica. Visitá-lo é sempre um prazer renovado, pois nunca repete conversas...
Estarei no lançamento desse livro que conta a sua trajetória.
Expedito Bolão: uma figuraça!

Abç

Herbert Mota

Livro conta a história de Expedito Bolão

Biografia escrita por Raimundo Antonio, com o título “Expedito Mariano de Azevedo, a saga de um Bolão”, será lançada no dia 7, no Requinte Buffet, a partir das 19h. Nesta data, o homenageado completa 96 anos.
Expedito Bolão ao lado de familiares. Foto: Raimundo Antonio Expedito Bolão ao lado de familiares. Foto: Raimundo Antonio
Expedito Mariano de Azevedo, ou apenas Expedito Bolão alcançou, quando na atividade da vida política, a marca de 38 anos como vereador em Mossoró, numa época em que um edil não recebia salário e a função era desempenhada, segundo ele, com “amor e dedicação à causa da comunidade”. Aos 96 anos, morando no Sítio Campestre, Expedito é um ancião lúcido, acorda cedinho e faz trabalhos convencionais. Preferiu a vida no sítio à da cidade. Distanciou-se de algumas coisas e lá, em seu recolhimento pessoal, cuida das galinhas e observa a criação. “Como é que está Canindé?”, pergunta, se referindo ao fundador da Gazeta.
Na memória, a história de parte da política local – de 1954 até o dia em que se aposentou da vida pública e preferiu o recolhimento de um lar calmo, na zona rural. “Os meninos resolveram escrever esse livro sobre mim e eu resolvi contar tudo, sem rodeios”, fala Expedito, se referindo à biografia escrita por Raimundo Antonio, com o título Expedito Mariano de Azevedo, a saga de um bolão, que será lançada no dia 7, no Requinte Buffet, a partir das 19h. “No livro, falei tudo, falei sobre minha vida, enfim. Principalmente, também, da parte política. À época em que fui vereador nesta cidade, representante público como eu não recebia vencimentos. Nós trabalhávamos pela causa do povo, sem salários, sem regalias. E a Câmara Municipal tinha bastante qualidade. Hoje a maioria entra por dinheiro. O vereador, naquela época, cuidava mais em observar os problemas do município”, destaca.
Expedito tem saudades da vida pública. “Naquele tempo, procurávamos coisas para resolvermos. Hoje, muitos vereadores esperam que a população os procure. Está errado. O vereador deve estar atento às necessidades da comunidade”, diz. “Ir aos bairros, aos hospitais, entrevistar as pessoas, conversar com a comunidade, legislar”, salienta.
A morada no sítio o alegra. “No sítio, não tenho medo dos assaltantes. Nada disso. Levanto-me cedo, olho as galinhas, a criação, ando pelo quintal, faço uma coisa e outra, me movimento. Muitos amigos me visitam, aparecem, conversam. Herbert Mota esteve recentemente lá em casa. Tenho uma casa aqui, na Rio Branco, mas gosto é do sítio, lá é melhor pra mim”, diz, sorrindo. “Mas quando falam em política, eu fico doidim”, comenta, brilhando os olhos e olhando para o filho. “Tenho saudades dos políticos antigos, os que prestavam. A política em Mossoró, hoje, acabou-se. Mossoró está precisando de um homem de pulso, de uma mulher de pulso. A cidade está mal administrada”, critica. “Mas tudo mudou”, ele fala, lamentando o cenário. “Mossoró tem muitos problemas para se resolver, muitos mesmo”, salienta.

VIDA EM LIVRO
O livro será lançado numa data singular: o aniversário de 96 anos de Expedito. “O que eu fiz de bom e de errado, quero que o povo saiba…”, brinca.
A obra tem várias histórias e causos do ex-vereador, como a devolução de 25 mil cruzeiros aos cofres públicos. “Quando mandei fazer o ofício para devolver o dinheiro do povo à prefeitura, muita gente me criticou. Mas Dix-huit Rosado, prefeito à época, me chamou ao gabinete para elogiar a atitude, quando eu era presidente da Câmara Municipal. Um dia, longe da vida pública, Dix-huit, o velho prefeito, narrou o fato em um comício. Chorei de emoção. A honestidade deve acompanhar o homem público e o homem comum, em todos os seus atos”, fala o ex-vereador.
Raimundo Antonio, biógrafo de Expedito Bolão, destaca que escrever o material foi um reencontro com parte da história viva da cidade. “Antes de ser um desafio foi, para mim, um prazer enorme escrever a biografia de Expedito Mariano de Azevedo, ou Expedito Bolão. E isso se deu pelo fato de conhecê-lo desde os meus tempos de menino e de frequentar a sua casa (morava na mesma rua em que ele iniciou as suas atividades – Princesa Izabel), ser amigo de seus filhos e já conhecer a sua irreverência. Porém, apesar de conhecê-lo, de saber de suas presepadas, de acompanhá-lo na sua vida pública de vereador (com o maior número de mandatos seguidos do Brasil), encantou-me conhecer o homem voltado para as causas sociais, de prestar ajuda ao próximo (com seus próprios recursos) e de ser reconhecido como uma grande figura humana. Expedito é irreverente, não malicioso. Uma pessoa simples, honesta e, acima de tudo, querida. Esse Expedito vocês vão conhecer melhor a partir do livro”, destaca o biógrafo.

A SAGA DE UM BOLÃO

Quando: terça-feira, 7 de julho
Onde: Requinte Buffet
Horário: 19h

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