quinta-feira, 16 de junho de 2016

exta-feira, 10 de junho de 2016

Gente que veio para o Seridó I

Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com


Não se sabe, muitas vezes, porque alguns estrangeiros vieram para o Brasil, e muito menos, porque se embrenharam pelo nosso interior mais distante. Encontramos, nos registros do Seridó, pessoas que têm seus ascendentes mais próximos, oriundos de Portugal e de outras localidades do Brasil.
Francisco, branco, filho legítimo de Antônio  da Silva e Soisa, natural da Freguesia de Santo Tirso, do Bispado de Porto, e de Dona Thereza Maria Rocha, natural desta Freguesia de Santa Ana do Seridó, moradores nesta Vila do Príncipe, nasceu aos vinte e dois de setembro de mil oitocentos e cinco, e foi batizado solenemente, com os santos óleos, nesta Matriz, aos trinta do dito mês e ano, pelo Padre José Antônio de Mesquita, de minha licença; Eu fui o padrinho, e Dona Ana Filgueira de Jesus, viúva, foi a madrinha, e declaro mais, que é neto paterno de João da Silva Jaques, e de sua mulher Margarida Dias Fernandes, naturais da dita Freguesia de Santo Tirso, e materna  de Antônio da Rocha Gama, natural da Freguesia de Torre de Moncorvo de Trás-os-Montes e de Izabel  Maria, natural deste Seridó, e para constar fiz este assento que assino. O Vigário Francisco de Brito Guerra.

Antônio, filho legítimo de Félix Gonçalves de Mello, e de Maria Manoela do Nascimento, naturais desta Freguesia, neto paterno  do Capitão Manoel Gonçalves de Mello, natural de Água Santa da Cidade do Porto, e de Dona Joana Maria dos Santos, natural desta Freguesia; neto materno de José Alves dos Santos, também natural desta, e de Maria José, natural de Olinda, nasceu aos sete de maio de 1803, e foi batizada aos 16 do mesmo, de licença minha, na Fazenda Sabugi, pelo Padre Ignácio Gonçalves, e lhe deu os santos óleos; foram padrinhos  o avô materno e Dona Maria Bernarda. O Cura Francisco de Brito Guerra.

Ana, filha legítima de João Fernandes Vieira, natural do Recife, e Juliana Pereira das Neves, desta Freguesia, nasceu aos sete de junho de 1803, e foi batizada por mim, na Fazenda Desterro, desta Freguesia, aos três de julho do mesmo ano, e lhe pus os santos óleos; foram padrinhos  João Marques de Soisa, e Dona Ana Maria do Nascimento. O Cura Francisco de Brito Guerra.

Luis, filho legítimo de Domingos Alvares do Nascimento e de Maria Teixeira da Fonseca, naturais desta Freguesia do Seridó, neto paterno de Antônio Álvares dos Santos, natural desta e Thereza de Jesus, natural da Paraíba, neto materno de Luiz Teixeira da Fonseca, natural do Porto, de Joana Baptista, natural desta Freguesia, nasceu a um de setembro de 1803, e foi batizado a 23 outubro do mesmo ano, na Fazenda Sabugi, pelo Padre Ignácio Gomes de Mello, de licença minha, e lhe pôs os santos óleos, foram padrinhos  o Padre Manoel Teixeira da Fonseca e sua irmã Magdalena Maria. O Cura Francisco de Brito Guerra.


Pensamos, muitas vezes, que os divórcios são coisas recentes, mas, vez por outra, encontramos pessoas divorciadas, nos registros da Igreja.

Severina, filha de Antônia Lourença, natural da Freguesia de Pombal, mulher casada, porém divorciada do seu marido, moradores nos arrabaldes desta Vila, nasceu aos seis de outubro de mil oitocentos e cinco, e foi batizada por mim, nesta Matriz, aos treze do mesmo mês e ano, e pus os santos óleos; foram padrinhos Joaquim de Araújo Pereira, casado, e Gertrudes Maria, solteira, moradores nesta Freguesia. O vigário Francisco de Brito Guerra.

domingo, 5 de junho de 2016

Os Chaves Melo dos Açores e do Brasil


De José Elson  Carvalho de Araújo recebo para divulgação, neste blog, informações sobre seu livro, cuja capa foi aqui anexada:

Prezado professor Felipe,
Participo que publiquei recentemente um livro sobre a genealogia dos “Leite de Chaves e Melo”, que acredito ser de seu interesse.
O livro é dividido em duas partes. A primeira trata dessa família nos Açores, desde seu surgimento, onde são apresentados seus primeiros membros até o aparecimento daqueles que migraria para o Rio Grande do Norte, onde podemos encontrar informações surpreendentes sobre sua gênese.
Na segunda parte o livro trata dos Leite Chaves Melo no Brasil, desde a chegada no Rio Grande do Norte, a migração para o Ceará e posteriormente para o Amazonas.
Se digno for, V. Sa. Poderá divulgar em seu blog, para que seja dado conhecimento a todos os descendentes da família em pauta.

Atenciosamente,

José Elson Carvalho de Araújo.




Os Chaves Melo dos Açores e do Brasil

Apresentação


       A curiosidade do autor acerca dessa família surgiu quando conheceu o Tratado Genealógico da Família Feitosa, e ao constatar sua descendência através do patriarca Antonio Leite de Chaves e Melo, que habitou a antiga povoação de Vertentes, hoje Iapi, no município de Independência. Deparou-se, depois, com alguns trabalhos do genealogista e magistrado Carlos Feitosa, que muito o auxiliaram no entendimento da família Leite de Chaves e Melo do Ceará.

       Na primeira parte deste livro o autor procura sintetizar, de forma didática, o surgimento dos primeiros Chaves e Melo no arquipélago dos Açores, notadamente na Ilha de São Miguel, procurando mostrar o panorama geográfico e humano reinante naquela época.
       Na segunda parte o autor lança mão de todas as informações que conseguiu reunir acerca dessa família no Brasil, com ênfase naqueles que habitaram o Ceará.
       O Autor ao concentrar seus estudos no berço formador da família Chaves e Melo, ou seja, na ilha de São Miguel dos Açores, seus horizontes genealógicos se expandiram além de suas expectativas, com o surgimento de dezenas de ancestrais, alguns procedentes de outros países.
       Diante desse farto ‘manancial genealógico’ onde mergulhou, deixou temporariamente de lado as pesquisas que fazia sobre famílias cearenses, e passou a priorizar essa frente fascinante que surgiu em seu horizonte.
       Encontrou informações surpreendentes, como por exemplo, a sua descendência de bandeirantes paulistas. Imaginem a surpresa do autor ao encontrar como seus ancestrais: Manoel de Borba Gato (9º avô); Fernão Dias Paes Leme (10º avô); e Pascoal Leite Furtado (12º avô), todos, bandeirantes renomados que figuram na história do Brasil.
       Rebuscando mais, além dos Açores, e retornando ao Brasil que nascia, foi encontrar nada menos que o Cacique Tibiriçá (15º avô), um dos fundadores de São Paulo.
       Continuando a genealogia açoriana em sua gênese, o autor encontrou seu primeiro ancestral extra-lusitano, na pessoa do holandês Joss van Hurter (14º avô), primeiro donatário da ilha do Faial.
       No Brasil quinhentista encontrou, ainda, Geraldo Betting (12º avô), um dos primeiros e raros alemães que contribuíram para os troncos de famílias paulistanas.
      Após reunir e consolidar as informações que compõe a primeira parte deste livro, o autor mergulha propriamente no estudo dos Leite de Chaves Melo do Brasil, família que advém de tudo que foi explanado, tendo como principal elo de ligação, a figura de Alexandre José Leite de Chaves e Melo, que chegou ao Brasil em 1785, tendo participado de importantes acontecimentos de nossa história.

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